Mudar as perguntas, essa é a chave da gratidão.

O enredo é invariavelmente o mesmo: você nasce, segue seus pais em costumes e cultura, até que resolve o que fazer da vida e, segue o fluxo ou o muda totalmente. Lembro de ter lido em um livro, juro pra vocês que não lembro o nome, mas era de um marqueteiro político que um dia esteve envolvido com a Operação Lava Jato, enfim, ele contava que quando era criança sua mãe acordava ele e seus irmãos às 3h da manhã para a faxina da madrugada. O que para nós, parece estranho, para ele sempre foi o normal. Até que um dia, ele descobriu ao dormir na casa de um amiguinho que, lá, não havia a faxina da madrugada, um mundo se abriu.

Ok, nem todos nós fomos “abençoados” com a faxina da madrugada, mas algo que 99% das pessoas tem em comum é o foco e, infelizmente, ele está no problema. Normalmente, quando algo sai do nosso controle perguntamos:

– O que aconteceu?
– O que há de errado aqui?

Assim, desde cedo, como uma consequência não intencional,  aprendemos a focar no negativo, então vemos continuamente o negativo. Isso faz com que pessoas objetivamente muito bem-sucedidas não fiquem totalmente satisfeitas com suas vidas, com elas mesmas etc.

Se você duvida disso, dessa força “estranha” que jogamos para o universo, faça um teste:

Separe dois vasos e plante feijões ou uma muda qualquer em cada um deles. Separe-os fisicamente. Diariamente vá até um dos vasos e diga apenas elogios, “como você está crescendo forte”, “como seu verde parece saudável”, “como uma planta tão linda pode vir de um broto tão pequeno?!” Na outra planta, apenas critique. Depois de 30 dias, veja o resultado. (Eu fiz isso muitas vezes. E sempre funcionou!)

Eu sei, eu sei. Não perece nada científico, mas funciona, dá certo. Funciona com planta, funciona com gente. Pessoas, amigos, parentes, funcionários incentivados dão mais, se saem muito melhor que os apenas criticados.

Então, como podemos aproveitar esse conhecimento para gerar um bom sentimento em nós mesmos? Fazemos a pergunta certa:

“O que há de bom nesta situação?”
“O que há de bom neste membro da equipe?”
“O que há de bom na minha empresa?”
“O que há de bom na minha vida?”
Ou preenchemos a declaração certeira: “Sou grato por ________.”

Faça disso uma prática diária. Eu faço isso todas as manhãs. Uma boa dica para se lembrar de fazer isso é criar um gatilho, algo que apenas olhando você tome a ação.

Um gatilho fácil, neste caso, é um pedaço de papel no banheiro com a palavra gratidão ou apenas escrito “lembre”. Ao vê-lo todas as manhãs, diga a frase “Sou grato por __” cinco vezes com um final diferente a cada vez. (Você não precisa dizer isso em voz alta; você pode dizer isso em sua mente.) Usar um gatilho permite que você crie um hábito facilmente.

Se você fizer essa prática de gratidão regularmente (não se preocupe se perder dias aqui e ali), sua visão de sua vida e de você começará a mudar para melhor. E logo depois, você começará a ter um desempenho melhor na vida.

Ao fazer isso, não significa que de repente você vai ignorar todas as áreas de sua vida ou de sua empresa que precisam de melhorias. Exatamente o oposto. Significa apenas que você trará uma atitude de alegria em vez de desespero ao abordar essas áreas. A vida e a construção de uma empresa não precisam ser complicadas ou dolorosas. A gratidão diária nos ajuda a perceber isso.

Julius Stranger: o dono do mundo – parte 2

O que é afinal de contas um dia?
Apenas a soma de horas e minutos para recomeçar em seguida?
Uma fase da vida?
Uma jornada?

Julius não tinha resposta para esse dilema que lhe acertara com força, afinal os dias perderam o valor para ele.
Já se iam 30 dias desde que Karen, a moça que mal conhecia, mas que amava com todas as forças do seu coração partira para não voltar.

Se ao menos ele pudesse viver mais um dia com ela.
Ouvir suas histórias, descobrir o que afinal de contas fez com que ela lhe desse atenção…
Mas não, ela se fora para sempre.

Minutos, dias, horas, tudo empilhado formavam uma conexão entre si, e isso, afinal de contas, era invenção? Era física? Era matemática?
O que era o tempo?
E se… E se houvesse um modo de domar o tempo? Fazer com que andasse para frente ou para trás?
Uma máquina do tempo? Não. As variáveis são tão subjetivas que apenas a tentativa já geraria muito risco para a vida.

Mas, o tempo tem necessariamente relação com o que chamamos dias, horas?

Depois de 30 dias, Julius retornou às aulas no MIT com uma convicção:
iria domar o tempo.

Afinal, quem “isso” pensa que é para determinar quando possamos ou não viver algo?
Falou com seus orientadores e pediu tempo para pesquisar, foi concedido, afinal, aquela mente não aprendera nada novo desde o primeiro ano.

O tempo.
Domar o tempo.

O tempo, aquele que deveria ser domado passou, Julius não saia de casa para nada.
Sua mãe e seu pai o visitavam vez ou outra para ver como ele estava.

Não entendiam como um romance de algumas horas poderia ter causado aquele efeito em Julius.
Tia Selma, tinha certeza de que se tratava de feitiço, era preciso quebrar.
Julius se divertia com aquilo e garantia que estava tudo bem.

Karen, era a inspiração, é verdade, mas o trabalho já tomara o coração de Julius e virou obsessão.
Era 13 de dezembro, seu amigo, na verdade, tinham se visto algumas vezes na Universidade, o convidara para o aniversário, mas ele não queria sair. Estava frio, a neve tomava as ruas e se acumulava…

Então, como alguém que lembra de comprar leite no final do dia, Julius teve a epifania.

Sim, ele iria conseguir domar o tempo.

Continua…

Capítulo 1
Capítulo 2

Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5

A vida sempre te desafia…

Um dos meus filmes prediletos é “Mais Estranho Que a Ficção”, a narrativa você deve conhecer:

Um homem com uma vida pacata começa a ter sua vida narrada por uma voz misteriosa. Ao procurar ajuda recebe a sugestão de ficar em casa, sentado, sem fazer nada, não dá certo, ele é desafiado pela história, pela vida a se mover. #Ficaadica

Sempre somos instados a enfrentar novos e diferentes desafios, a pandemia está presente em nossa vida e não nos deixa mentir. A esperança foi vencida, assim como o medo. O normal foi vencido, e também o anormal foi vencido.

As respostas prontas e certas deixaram de existir.
A certeza tornou-se uma vaga lembrança de uma época que pensávamos saber de algo.
Não sabíamos.

Ser desafiado pela vida não é um convite, é uma convocação. Você não escolhe aceitar, você é obrigado a aceitar e a partir daí tomar as melhores decisões possíveis.

Eu  sei, você não queria mudar de casa, emprego, namorada, carro, calça, calçado, opinião.

Mas é o que te restou, então… você precisa… se adaptar.

Até pode se perguntar “Quem Mexeu no Meu Queijo”. Ninguém mexeu no seu queijo, ele iria mudar de lugar quisesse você ou não.

Não há varinha mágica, não há a saída pela esquerda, francesa ou inglesa. Os desafios vão te alcançar em algum momento, você invariavelmente irá vencer e perder. Tomará decisões boas e ruins, e assim… aprender até ser desafiado de novo. não é um prognóstico, é uma certeza.

Afinal, não é esse o exato significado de “vida” ?

Respira.

Se você parar para pensar, na maioria das vezes é difícil.
Aliás, se não for difícil não vale a pena.

Lembre-se; a incoerência humana mora na palavra “mas”.

Mas, quando estamos no meio do furacão, lembramos saudosos dos tempos de calmaria.
Não há, de fato, certo ou errado, apenas a pergunta: o que você está fazendo da sua vida?

Você cresce, casa, trabalha, se aposenta e morre?
Casa – trabalho – trabalho – casa?
Coisa que não quero – algo que suporto – graças a Deus só – coisa que não quero?

Não se preocupe.
Não há de fato uma resposta certa.

Alguns fatos da vida são inexoráveis:

– Você estará insatisfeito depois de algum tempo satisfeito
– Você adora desejar mudanças que irá reclamar depois.
– Ainda que você não mude, a vida muda por você!

Algumas coisas simplesmente dão errado e não importa quão duro você trabalhe.
Logo, e essa é a beleza da vida, você se recupera.

Talvez, como diz o ditado, você só veja o copo meio vazio.
Mas o líquido já é outro.

Por fim, o conselho que ninguém pediu.
Respira!

Fácil

O fácil fica fácil quando tudo que é fácil vem fácil.
Mas se o ditado diz que
O que vem fácil, vai fácil…
Como isso pode se dar?

É biblico:
amar o que te ama é fácil,
Difícil é amar aquele que te odeia.
Mas devo?
Preciso?
Fácil falar, difícil fazer.

Ontem você era 10. Difícil ficar longe.
Hoje você é 1. Fácil se distanciar.
A desculpa está dada.

De verdade, você precisa de algo, ou alguém, quando se é 10 ou 1?
Fácil perceber que Difícil é saber.
Mas que…
por mais difícil que seja.
Ser fácil para a pessoa difícil…

Transforma tudo que é difícil
em algo fácil…

Ao menos para outrem.

Além de vidas, o Covid-19 está matando sonhos

Não há resposta fácil, não há caminho sem pedras, não há como garantir A ou B. Todos nós, em maior ou menor grau, vamos sofrer. A pandemia do novo coronavírus assusta todo mundo, as pessoas tem medo de morrer, tem medo de passar a doença para seus queridos próximos. Se isolam.

Ao se isolarem, vem a pergunta: e agora?

E agora o meu trabalho? E agora minha empresa? E agora minha família? E agora?

Como as pessoas que me acompanham aqui ou nas redes sociais em geral sabem, tenho uma empresa há quase 10 anos, já passamos por várias crises, mas todas tinham roteiro, essa não. Não sabemos quando isso vai acabar, como vai acabar ou ainda como isso se dará.

Hoje, as perguntas que me faço são:
– Como vou salvar os empregos das pessoas que trabalham comigo?
– Tem como salvar?
– Como vou salvar o meu emprego?

Depender do governo ou de suas ações chega a ser uma piada de mau gosto, é um navio sem comandante, é alguém que apenas grita que viu um monstro marinho que há tempos não assusta mais as pessoas.

Contar com os líderes locais é também contar com a lógica de papagaios, apenas imitam, não criam, não inovam e também não tem qualquer solução diferente para nada.

O tal do Covid-19, que dizem ser o mais mortal do mundo, outros que não passa de uma gripinha, está matando o sonho de milhares de pessoas. Está matando negócios. Está matando empregos. Está matando também, vidas.

A conta é: quantas vidas diretas e quantas vidas indiretas ele vai matar!?
Somos coautores do assassinato ou somos vítimas?

Perguntas que não podemos responder agora.
Só o futuro vai nos responder.

Não quero ser assassino, não quero ser coautor, quero continuar com um sonho.
Apenas isso.

E assim 2019 se foi, obrigado!

Em todos os finais de ano a gente fala sobre a genialidade da quebra do tempo, em como é sensacional essa ideia de parar tudo e “começar” outra vez como se nada tivesse acontecido no passado. E, é genial mesmo!

2019 foi um ano superlativo. Tudo foi intenso. Quem mergulhou em crise, mergulhou para valer. Quem cresceu, cresceu para valer e duas palavras foram essenciais neste ano: coragem e gratidão.

Coragem

Foi preciso buscar, sair da tal zona de conforto, foi preciso buscar novos meios de fazer coisas diferentes, novos meios de se buscar o incerto e apostar. Foi preciso coragem para contratar e demitir. Foi preciso coragem para colocar novos produtos na praça sem saber se o rumo da economia iria mudar a cada novo tweet. Você fez a mesma coisa por muitos anos e, mesmo em anos de crise, passou incólume, mas, desta vez, as coisas mudaram. Nada é mais como foi e continuará não sendo.

Gratidão

Também foi necessário ser grato por diferentes coisas, de diferentes maneiras. Muitos mentores, palestrantes do mundo nos disseram que era preciso ser grato até pelos perrengues, pelas coisas ruins, pois a gratidão à elas nos levariam a cosias muito melhores para sermos gratos.

Por exemplo, você perdeu o seu maior cliente, aquele que bancava grande parte do seu faturamento.
A sua reação deveria ser: Obrigado.
Obrigado porque ao perder seu maior cliente você irá se atentar ainda mais aos processos, aos custos, ao modo de entrega, você irá buscar com mais afinco outras contas para cobrir aquela. Ao abrir muitas frentes, você passa a ter muitas possibilidades, isso é matemático.

Em 2019 bati alguns recordes pessoais:

Li
Li 32 livros (a maioria bons livros – eu não desisto de um livro)
Sou pai de duas crianças e marido de uma mulher, e administro uma empresa, e preciso dormir e comer…
Enfim, para que eu pudesse ler tanto certamente alguém me ajudou, agradeço muito minha mulher, minha mãe, meus colegas de trabalho.
Pode parecer ridículo, mas a gente precisa ser grato em tudo, não só quando coisas grandiosas acontecem, é a partir dos pequenos atos que se constroem grandes coisas.

Meditei
Não sou o exemplo da concentração, mas tentei.
Foram 89 vezes no ano.
Usei meu tempo no PróVida.
Usei aplicativos (recomendo o da Vivo)
Usei o Youtube (recomendo o Canal Yoga Mudra)

Exercitei
Não curti. Não gosto.
Foram 182 dias de 25 minutos cada de esteira.
Ainda me pergunto qual é o meu defeito, pois não gosto.
Não sinto falta.
Mas é necessário.
Não quero morrer cedo.
E antes que falem, sim, procurei algo que eu gostasse, não encontrei.

Comecei
Voltei aos bons tempos de rádio com o podcast.
Encontrei no amigo Geison Vendramin o parceiro da empreitada.
O Pior do Brasileiro se propôs a discutir a gente.
Foram 40 episódios.

E fiz um monte de outras coisas que não lembro, e outras básicas.

Kg emagrecidos – 0kg
Maratonas disputadas – 0
Novos amigos – 4
Viagens – 2
Casamentos – 2
Formaturas – 2
Palestras – 12
Brigas por política – 0
Amigos que me decepcionaram – 4
Amigos que eu decepcionei – não me contaram
X sem gasolina – 1
X na oficina – 4
X no hospital – 0
Livros escritos – 1

O ano se apresentou e a gente o usou conforme possível.
Tomara que em 2020 as oportunidades apareçam e a partir daí consigamos conquistar, muito mais!

Era uma vez um homem vivo que estava morto

Era uma vez um homem.
Um homem que, ainda que vivo.
Estava morto.

Estava vivo, pois vivia.
Respirava.
Andava
Comia
Bebia
Vez ou outra até pensava.

Mas estava morto.

Esse homem não contestava.
Não se impunha.
Não se importava.
Não machucava.
Não curava.

Estava morto.

Um dia o homem morto
De fato morreu.

E, estando morto
nada se fez,
Afinal, o homem morto que antes vivia
Morto estava antes da morte propriamente dita.

Não viveu
O homem que antes de morrer
morto estava

Todos temos nossas lutas

Alguns lutam por muito. Outros lutam por pouco. Há ainda aqueles que nem ao menos sabem o motivo porque lutam. Mas todos lutamos.

Então, na próxima vez que alguém for grosseiro com você, lhe responder mal. Não entender o seu posicionamento ou ainda colocar você contra a parede de maneira desnecessária, pense:

Qual será a luta dessa pessoa?

Provavelmente jamais saberemos. Provavelmente sob nosso viés a luta nem tem tanto sentido assim, mas ainda assim é a luta dele. E sabendo ou não, quem sabe vale a pena sermos superiores e antes de reagirmos imaginarmos o outro, quase como que em empatia.

Nossa vida será melhor. Poucos irão nos entender.

Um brinde que devemos fazer todos os dias: à vida

Living_StretchingComemorar, e por mais que você ache que faz festa, que sai com regularidade, temo informar: você comemora pouco a vida. A vida, meu nobre leitor, é o único bem que não lhe pode ser restituído da maneira como você conhece. Não há saída, não há meio termo, ou você tem, ou não tem! Simples assim. Comemorar a vida é mais que um exercício de saber quanto tempo lhe resta, é mais sobre como saber como viver o tempo que lhe resta. É uma receita de bolo que não chega ao fim, é você colocar todos os dias, todas as horas, enfim, em todos os instantes novos ingredientes na forma, mas este nunca vai ao forno. Essa hora não chega e não há nada que você possa fazer a esse respeito.

Comemorar a reunião. Comemorar a amizade. Comemorar a vida em cada uma de suas nuances, não importa o tamanho delas, mas sim o fato de se estar comemorando. Encontre motivos que possam lhe parecer fúteis e comemore. Carro novo? Comemore! Cueca nova? Comemore! Chegou em casa 10minutos antes? Comemore! Esse é o ensinamento, comemore! Não fique procurando significados extras, uma mensagem extra neste pequeno texto, não. A mensagem é clara e exposta. Comemore!

Todos vivemos momentos difíceis na vida. Todos passamos por aquilo que chamamos de provações, que ao olhar de alguns é simplesmente insuportável, para o olhar de outros é apenas um passeio no playground. Somos diferentes na forma que sentimos, na forma que agimos, na forma que demonstramos os sentimentos, mas podemos nos igualar em um aspecto: podemos ser melhores em tudo e, como já falei diversas vezes acima: comemorar tudo o que for possível, cada nova chance, cada nova inspiração.

Entenda: não há motivos plausíveis para se abandonar a busca incessante pela vida, por uma vida melhor. E entenda ainda mais: todos iremos tropeçar, e devemos usar tal tropeço para entendermos, crescermos. E por fim, entenda acima de tudo: a vida é única, linda e pode ser tão bela quanto nós almejamos construir.

Uns caminhos são mais retos que outros

baby-feet-first-stepsValorizar os pequenos momentos, este, talvez, seja a grande sacada da vida. Não é preciso termos coisas grandes para sermos grandes. Não é preciso conquistarmos campeonatos mundiais para nos sentirmos vitoriosos. Sim, apenas pequenos momentos, pequenas conquistas, cada qual celebrada a sua maneira.

Muitas vezes, a maioria para ser franco, não conseguimos entender a diferença entre o dia a dia e os planos que traçamos. Esquecemos que para se chegar ao final é preciso percorrer um caminho. Algumas são mais retos que outros, mas ainda assim caminhos. Pense por exemplo nas pessoas que estão a sua volta. Elas estão aí graças ao caminho que você decidiu seguir. Uma decisão pequena de ir ou não a determinado lugar, de convidar ou não determinada pessoa para sair. Pequenas decisões. Pequenas vitórias.

Então, se posso te dar um conselho nesta madrugada de quarta-feira é: aproveite as pequenas conquistas. Aproveite as pessoas que estão a sua volta. Aproveite você mesmo. Se ame sem rancor, sem medida. Você e só você sabe o que realmente quer. Como vai chegar lá? Isso a vida arruma para você, se preocupe apenas em dar um passo de cada vez.

As fantasias que queríamos!

lucid-dreamingUma dúvida que sempre aparece ao final de todos os carnavais:

Iremos tirar ou colocar a fantasia?

Trio elétrico, carros alegóricos, plumas e paetês e lá está você no ritmo do “ala la ô…” querendo que nunca mais acabe aquela festa em que você pode finalmente “se soltar”, não importa o bendito trânsito. Sua preocupação é se a cerveja está acabando, se você vai se atrasar ou não para o jantar, desfile ou ainda quanto tempo você consegue ficar acordado vendo seu programa de tv preferido.

Pós carnaval você entende o significado do “tudo passa, tudo passará”, congestionamento, contas, último dia para ter o incrível desconto de 6% no IPTU. Filhos na escola, “droga, tenho que comprar o material escolar”. Tem que arrumar o carro, cuidar da conta da empresa, entregar o relatório e por Deus, aquele fedelho novo na empresa está querendo o seu lugar.

Quem é você? O do carnaval ou o do dia a dia. Me dirão os céticos que ambos “são você”, cada qual em seu tempo. Será? No carnaval você tem a capacidade de enfrentar problemas de bermudas, saias e sorrisos. No trabalho a sua gravata aperta o seu pescoço como o salto lembra que você tem que manter o “alto nível”.

Dia pós dia vestimos diversas máscaras para tentar impressionar, ganhar, vencer, não envergonhar. No dia a dia você dança o que tocam, são poucos os que tem o controle do som. Tente lembrar de quantos ao seu redor estão realmente felizes com o que o destino e eles mesmo proporcionaram.

Quando você era criança você sonhava em fazer o que faz? Eu não. Aliás nem existia internet quando eu era moleque, sonhava em cobrir guerras como jornalista, apresentar o jornal nacional e denunciar os abusos dos políticos.

Só consigo denunciar os abusos dos políticos, porém descobri que não adianta nada. As pessoas simplesmente não se importam. Cada qual faz um plano para sua própria vida e ele não deve sair daquele caminho nunca. Aprender ficou cada vez mais difícil, aos poucos tudo vai se tornando cansativo demais.

Algumas mudanças no caminho com certeza são melhores do que prevíamos, outras simplesmente já não temos mais tempo ou paciência para mudar. Sabemos o que precisamos e se conseguimos, fechou! As festas de clubes, os trios, as viagens, as fantasias de repente e assim, não mais que de repente ficam distantes, quase inatingíveis. Problema? Não. Simplesmente não é mais a fantasia que pensávamos vestir quando queríamos ser bombeiros, prender bandidos ou ainda jogar junto com o Falcão na seleção. Fantasias que um dia queríamos!

Devaneios: A vida, sem a vida.

Tudo e nada se confundem em cada passo da existência, se outrora olhamos para o mundo com o olhar altivo de quem tudo tem, depois temos que baixar o olhar para além do nada, porque é exatamente isso que temos, nada!

Quando nos confiam a preciosidade do todo, nós sujeitos baixos, vulgares, incrédulos e cheios de defeitos nos entendemos acima do bem e do mal e tais quais relíquias preciosas protegemos na infantil esperança de aquilo nos pertence, quando na verdade, aquilo nos foi concedido por prazo determinado.

O entendimento de perder e ganhar, ter e buscar é algo muito além do que nossa vã existência pode compreender. Por que agora? Por que tão pouco? Por que eu? O que eu fiz para merecer isso? E a resposta nada mais é que nada! Agarramo-nos em amizades efêmeras, abraços fraternos, soluções paliativas de um temor interminável. Perdemos e ponto final.

Somos pequenos demais para entendermos que fazemos parte de um meio, que o fim ainda é distante e incompreensível aos olhos dos cegos de alma, daqueles que desejam, amam e buscam Vez ou outra, depois da perda, nos flagraremos fazendo as mais intensas conjecturas de como teria sido se…

Mas o “se” é habitante fiel do pensamento emocional, não habita a razão, ao contrário, são inimigos. O “se” é como a tortura vitoriana que vence pela pressão mental e não física. Ao final do exercício do “se” nos sentimos tão medíocres e derrotados que parece que o mundo não vale mais a pena.

Resta tentarmos, e aí que o verbo tentar seja claro em sua definição, entendermos que somos o “se” de outras pessoas. E que se o presente nos foi dado e logo depois tirado, o meio é a razão do fim. Logo mais a frente iremos mirar a real razão do existir, e que a dor dilacerante que rasga nossa alma além da possibilidade humana da dor é na verdade um toque de requinte do destino, que nos avisa: vivei e senti. Esperai e passai. Lutai e vencer. Mas jamais seja passivo diante da batalha, ela é dura, as baixas serão sentidas e em breve serão repostas, é o ciclo do ser.

Tudo ou nada, motivo ou questão, no emaranhado do todo… estamos combalidos, mas vencidos, jamais em homenagem ao agora nada, que um dia foi nosso tudo.

O velho Machado ensina:
“Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito”

Dia do Amigo. Um texto clichê, de um cara clichê.

Mais um dia do Amigo chegou, e eu, o senhor piegas, tenho, claro que fazer um texto para falar dos meus amigos. Tenho poucos, é verdade, mas eles me são caros. Alguns amigos que tenho hoje não acompanharam meu crescimento mas hoje me impulsionam para o crescimento. Outros pediram licença da minha convivência e foram mudando de ares, passaram de amigos irmãos, aqueles para os quais os segredos não existem, em seguida tornaram-se amigos próximos, na sequencia viraram conhecidos, para então tornarem-se lembranças aguçadas quando os encontramos nas esquinas da vida.

Tenho uma superstição que aprendi com minha mãe, sempre que sonho com alguém próximo, e o sonho não é lá tão bom, ligo para a pessoa perguntando se está tudo bem. Algumas vezes ligo para pessoas que me eram muito próximas e hoje chego a ficar constrangido em conversar com elas.

Claro, a vida nos separa. As pessoas casam, tem filhos, novos compromissos aparecem e as agendas conflitantes vão se tornando fardos pesados demais. E aí? Aí, segue a vida! Depois de velho me tornei um “série maníaco”, assisto a todos os episódios em sequencia, atualmente estou consumindo “ How I Met Yout Mother” que nada mais é que “Friends” melhorado, mais moderno e que fala mais de amizades e relacionamentos do que de comédia em si.

Na série Ted, Lily, Robin, Marshall e Barney são amigos e ponto. Eles casam, eles tem namoradas, eles saem com outras pessoas e seguem amigos. O que me leva a uma conclusão: (eu sei que levar conclusões em consideração por uma série de tv é um pouco demais, mas, como disse no começo, sou o senhor clichê) agendas conflitantes são desculpas para amizades que no fundo não são verdadeiras.

Meus amigos já me tiraram de enrascadas, já me ajudaram a encarar situações difíceis e retribuí a todos eles com a mesma intensidade. Hoje me tornei sócio de um amigo, o Boby, grande cara, me ajuda a crescer e espero estar fazendo o mesmo por ele. Tenho outro punhado de conhecidos, alguns mais próximos, outros menos. Tenho amigos que não concordo com uma só virgula, mas são boa gente e me são caros, caso do “Seu Alberico” a quem confiei meu bem mais precioso, minha filha, lhe convidando para ser seu padrinho.

E claro, não esperem que eu nomine os demais amigos, certamente serei injusto com alguns e exaltarei demais amizades que não a merecem. Mas tenho grandes amigos “família” como irmãs, cunhados , sobrinhos. Tenho meu grande amigo Pai e minha amiga Mãe. Além das minhas amigas mais brilhantes que são minha mulher e filha, elas são meu tudo.

Enfim, termino este texto clichê, escrito por um homem clichê, agradecendo a todos aqueles que me cercam e que a cada dia acrescentam um pouco mais na minha humilde existência. Amigos são para sempre, suas presenças não. Por isso, aproveite!

Conseguiremos através da morte separar os tomates podres?

Ontem recebi um link com o seguinte nome “Malandro levando tiro”, a principio não abro vídeos com estes nomes, mas este me fora recomendado por um amigo que via de regra só repassa coisas que valem a pena, esse caso, não era uma destes casos.

O vídeo, que não, não irei colocar no blog, mostra o que parece ser uma reportagem policial falando sobre um jovem que fora alvejado e que aguardava a presença da ambulância, de repente, um jovem vestido de roupa amarela chega, saca o revolver de sua bermuda e dispara contra o quase moribundo, simples assim. Saque, tiro, morte.

A cena é tão simples, que choca, é a primeira vez que vejo a vida humana tomar um rumo tão barato. É a primeira vez que vejo o medo que assassinos tem da punição, ou seja, nenhum.

Havia no local testemunhas, havia uma equipe de reportagem, para o bandido é como se não houvesse ninguém. Ele simplesmente matou e seguiu com sua vida. Infelizmente não consegui maiores informações sobre o caso. Conversei com um jurista para saber o que efetivamente poderia acontecer com aquele assassino visto que ele não tinha nenhum tipo de defesa plausível.

A resposta é estarrecedora: ele certamente ficaria preso até 3 anos antes de ser julgado, isso levando-se em conta que não tivesse dinheiro para contratar um bom advogado, se tivesse seria um novo Pimenta Neves, matou, confessou, todo mundo sabe quem foi, mas esperou em liberdade. Quando julgado iria pegar a pena máxima e os anos não importam tanto, superaria 30 anos mas a lei brasileira não permite que alguém passe tanto tempo na cadeia.

Preso, se tivesse bom comportamento  a partir do sétimo ano de pena (dos quais teoricamente já teria cumprido 3 anos do julgamento) poderia pedir liberdade condicional, ou seja, 7 anos após ter atirado e matado a sangue frio outro ser humano, poderia estar nas ruas, solto, a vontade para fazer o que bem quisesse.

Não sejamos ingênuos, o mundo jamais passou por períodos de paz, o ser humano sempre foi mal por natureza, sempre praticou crimes contra o seu próximo, até mesmo na Bíblia um irmão matou o outro em busca de benção e poder. O que mudou com o decorrer do tempo foi o tipo de punição, passou do nada para o “olho por olho” , no Brasil retornamos ao nada.

A vida, ganhou um preço, baixo. Todo mundo pode pagar. Se quiser tirar uma vida, fique a vontade, a sua pena será ridícula, sua vida dar digamos, uma pausa, depois você aperta o play novamente e segue como se nada tivesse acontecido.

Via de regra sou contra a pena de morte, mas há casos que me fazem repensar esse preceito religioso, a pergunta que fica é: conseguiremos através da morte separar os tomates podres?