Imparcialidade nas eleições #sqn

Como se dá a imparcialidade na cobertura das eleições? Acompanhamento isonômico de todos os candidatos, distribuição de espaços igualmente iguais. Mas será que estamos vendo isso?

Captura de Tela 2014-09-22 às 09.04.05Nesta imagem, por exemplo, Gazeta do Povo de hoje, em destaque, Beto Richa, o candidato a reeleição com um título que fala que os ministros mentiram, ou seja, ele falou a verdade e uma foto em que aparece em carro aberto. Force o olhar que você verá ali, ao lado esquerdo um quadrinho da candidata do PT, sem foto dizendo que ela  fez encontro com manifestantes, abaixo, o candidato do PMDB, que estava caminhando e passeando. Na foto olhando para baixo com uma postura derrotada.

Tenho alguns amigos trabalhando na Gazeta, e prefiro acreditar que tudo não passou de uma triste coincidência, repetida é verdade, mas ainda assim uma coincidência.  

Apenas um diálogo…

Infelizmente, uma cena cotidiana do Paraná

– Em que estado você mora? O teu estado tem industrialização? Tem um ótimo desempenho na agricultura? A escolaridade da tua gente é uma das maiores do Brasil? As cidades do teu estado são de modo geral bem planejadas, há ótimas opções de cultura? Então, teu estado é sim um dos melhores do Brasil.

– Mas espere… na capital do meu estado morrem nos finais de semana perto de 20 pessoas de forma violenta, mais do que em guerras e muito mais do megalópoles consideradas perigosas como Rio de Janeiro e São Paulo. No meu estado o governador usa uma empresa de capital aberto para comprar aeronaves para seu deslocamento enquanto isso os jornais do meu estado noticiam que ainda não há planos para os tais helicópteros da saúde que salvariam vidas.

-É, pode ser… mas você está chorando à toa, os teus políticos são grandes homens públicos, referências mundiais.

– Na capital do meu estado também há diversos escândalos de “indício de corrupção” como o presidente da câmara de vereadores arrumou um contrato de licitação para a mulher de 30 milhões para ela administrar. O governador do meu estado diz que perdoa o pecador mas não o pecado, mas ambos estão juntos com ele, aliás, ele mesmo mente para o povo, quando prefeito disse que seguiria prefeito de apoiaria um companheiro, abandonou a prefeitura e também o companheiro político. Quando governador, traiu outro companheiro e preferiu apoiar outro partido do que o próprio “amigo”. Esse mesmo governador, passou a campanha inteira criticando seu antecessor por supostos casos de nepotismo. Ao entrar no governo, chamou a família toda e não obstante deu superpoderes a secretaria deles.

– Mas você está reclamando de barriga cheia, a sua assembleia é atuante.

– Você deve estar brincando… diários fantasmas, compra de tv 3d para transmitir programação analógica. Supersalários, funcionários que recebem em casa sem trabalhar, blogueiro político que é funcionário fantasma, presidente que bate boca com jornalista. Compra de carros super luxuosos… essa é a minha assembleia.

– Bom, ao menos o esporte do teu estado se salva.

– Um caiu para a segunda divisão do paranaense, outro para a segunda divisão do brasileiro e agora brigam do tipo “eu sou o dono da bola” para saber onde vão jogar, o tipo típico do provincianismo.

– Mas tem algo que bom no seu estado?

– Tudo no meu estado é bom, minha gente é maravilhosa, acolhedora, talentosa. Nossas coisas são referencia para todo o mundo, só temos um problema: não sabemos escolher nossos líderes…

Feliz pior ano velho!

Vivo escrevendo sobre como o paranaense pensa pequeno. Acho que o sentimento autofágico que nos é imposto por nós mesmos ao longo dos tempos dificulta nosso crescimento profissional, nosso crescimento intelectual. Pontualmente somos um grande celeiro de várias coisas como jornalistas, humoristas, atores, temos algum sucesso na música e somos expoentes na agricultura, e ponto.

Quando ameaçamos brilhar um pouco mais do que o convencional conseguimos, como ninguém, nos sabotar de maneira espartana. Na política por exemplo, já tivemos candidato a presidência da República, Afonso Camargo, o chamado “Pai do Vale Transporte” sua candidatura foi mais levada a sério em outros centros do que no próprio Paraná. Ano passado, Álvaro Dias era um dos mais cotados para ser candidato a vice na chapa de José Serra, o que fizemos? O boicotamos solenemente, através do tucanato local não mantivemos palavras, desfizemos acordos e Álvaro ficou sem o posto.

E ainda na política jamais tivemos a participação que temos hoje, um casal no ministério e um chefe no gabinete da presidência, mesmo assim, não gostamos quando uma verba bilionária é liberada para a construção do metrô, ou é porque nosso sistema é melhor, ou porque ela poderá ser usada como propaganda eleitoral.

No esporte, aí sim, somos os campeões mundiais do autofagismo, ontem, por exemplo, era assim, o Coxa ganha vai para a Libertadores, o Atlético ganha poderia se salvar. O Atlético ganhou, mas não levou, seguiu o caminho que iniciara em Janeiro e foi rebaixado. O Coxa, finalista de tudo em 2011, ficou pelo caminho, tristes, certo? Nada!

Saíram todos saltitantes para casa, afinal o Coxa não foi para a Libertadores o que serviu de alento para a torcida atleticana, e a da Coxa igualmente feliz visto que seu maior rival foi para a segundona. Enquanto isso, em Minas, um time que nada ganhou em 2011, sem os 3 principais jogadores, venceu o maior rival de 6, para não deixar dúvidas. (se você me perguntar se eu acredito em entrega do jogo, digo sim, mas não pelo nobre motivo do bairrismo, é outro esporte, que não futebol).

Terminamos 2011 como 2010, pobres, violentos, cheio de impostos. A tão criticada família no poder criticada por Beto Richa só mudou de sobrenome e ganhou superpoderes. A violência desenfreada piorou em 2011, apesar do lançamento do Paraná Mais Seguro, diga-se de passagem, o único programa com a marca do atual governo. Os buracos das ruas curitibanas pioraram, mas sejamos justos, eles estão instalando novas luminárias, que por ignorância não consigo entender por que são tão importantes.

É verdade que iremos pagar menos multas em 2011, já que a URBS foi proibida de multar. Não se preocupe, ano que vem ela volta! Em 2011 também conhecemos o verdadeiro Derosso, 14 anos na presidência da câmara, contratou a mulher para fazer assessoria, e nada. Nada ué, qual é o problema? Eles preferiram criticar a vereadora que os criticou. E uma das poucas coisas que funcionavam razoavelmente bem em Curitiba, a saúde, entrou no ritmo do MMA e houveram muitas agressões aos funcionários públicos.

É, 2012 que nos aguarde, seguimos no embalo do Tiririca, pior que tá, não fica!

O que a corrupção e o gol de mão tem em comum?

Separei alguns minutos do meu dia para dividir com vocês minha opinião sobre um tema que anda permeando as discussões futebolísticas: o gol de mão de Wellington do Paraná contra o Ceará.

Acompanhei atento a todos os comentários referentes ao caso, e só não me decepcionei lendo a coluna do Mafuz no Paraná online. Começou no sábado, dia do jogo, em que o jornalista a quem refutava grande seriedade, Cristian Toledo, disse que o Paraná “não tem nada com isso, e queria ver se o juiz seria homem em não cometer dois erros no mesmo jogo…que o Ceará é quem deveria ser punido pelas agressões…” Na segunda, o festival de populismo paranista se proliferou:

Na CBN, tanto Luiz Augusto Xavier, quanto o seu comentarista Paulo César alardeavam que seria um absurdo o jogador ser punido porque se o fosse na hora do jogo levaria no máximo um cartão amarelo. E assim tantos outros comentaristas afirmando que o “time não tem nada com isso”, que o tribunal não pode punir o jogador, etc, etc, etc.

Peço licença a esses ícones da comunicação do estado e humildemente discordar de todos eles. SIM, Wellington deve ser punido SIM! Não porque seja mau caráter ou algo disso, não, mas sim porque ganhou na MALANDRAGEM, na MÃO GRANDE, em uma atitude claramente antidesportista.

Espero não ter o desprazer de ouvir esses mesmos jornalistas reclamando da corrupção no senado, da bandalheira pública ou até mesmo censurando a batida proposital de Piquet, tudo isso nada mais é do que MALANDRAGEM, a mesma malandragem agora defendida por eles.

O futebol para o povo brasileiro é a coisa mais importante das menos importantes, e como tal deve servir de exemplo para todos, as atitudes escandalosamente antiéticas tem que ser punidas e com rigor a título de perdermos o real significado do jogo que é o jogo.

Por fim, sugiro que parem de creditar “as coisas do futebol” essa conta da corrupção. Que atos como o de Wellington, como a do Marcio Azevedo do Atlético que antes de ser substituído se jogou ao chão simulando uma contusão ou até mesmo de Rivaldo que na copa do mundo recebeu uma bolada na perna e levou as mãos ao rosto sejam,SEVERAMENTE PUNIDAS para que tenhamos um esporte limpo e que ele seja um espelho para a sociedade sendo o esporte que tanto ama.[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=A9l7kw-nGOM]