O dia que fui um idiota e aprendi uma lição

zoom-invisibilidade-social-812Escrevo este post por dois motivos:um para dividir com vocês um aprendizado e também para não esquecer nunca do dia de hoje. O dia em que um desconhecido me fez sentir um idiota. O que aconteceu:

Acabava de assistir uma palestra que falava sobre evolução, sobre caridade, estas coisas que nos fazem pensar em sermos melhores. Estava com minha filha do colo, o que não justifica absolutamente nada, então um rapaz, segurando um saco de latinhas veio em minha direção e falou alguma coisa, confesso que não ouvi mas já fui dizendo:

– Hoje vou ficar te devendo.

E ele me respondeu:

– Nem sabe o que eu ia pedir e já diz que não tem.

Na hora me senti mal, até tentei conversar com ele, mas ele não queria mais conversa e se foi, me deixando com minha arrogância que não pode nem ao menos ouvir o que a pessoa tem a pedir. A questão aqui não é dinheiro, eu realmente não tinha um real, nunca tenho, só ajudarei um pedinte de rua quando eles aceitarem cartão. A questão é como a sociedade impõe o medo e o comportamento de pensarmos que não podemos nem ao menos ouvir o que um estranho tem a nos dizer.

Há algum tempo aprendi sobre o invisível social, que são essencialmente as pessoas que nos servem e nem ao menos nos damos o trabalho de olharmos em seus rostos, serventes, garçons, porteiros, essa lição eu aprendi. Agora, aproveito e aprendo mais uma. O cidadão seguirá sem receber meu dinheiro, pois como já falei, nunca o tenho, mas não terá mais a minha arrogância para levar para casa.

Queria muito que ele pudesse ler este texto, mas duvido que as oportunidades da vida lhe permitam isso, mas ainda assim, por favor, me desculpe. 🙁

Quando você vai deixar de se sabotar?

imagesUma das coisas que sempre me perguntei foi: por que as pessoas se sabotam? Você não sabia? O principal inimigo da maioria das pessoas é ela própria. Criando dificuldades que não precisavam criar, descobrindo problemas que não existiam, as pessoas se sabotam cada dia e cada vez mais. Quer uma prova? Faça com você mesmo, nem precisa procurar o vizinho. Some o tempo que você passa reclamando que algo não deu certo para você com o tempo que você passa agradecido pelo que deu. A diferença é simplesmente massacrante.

Tento viver cada dia com o seguinte lema: se preocupe em se concentrar mais na solução do que no problema. Simples, o seu direcionamento mental irá te levar a focar suas ações em soluções e não no problema. É importante saber os motivos do problema? Claro que é. Mas, mais importante é resolve-lo de maneira rápida. Pensar em tamanho de problema por si só já constitui um erro. Problema tem o tamanho que você der para ele. Entendendo, por exemplo, que tudo na vida vai de zero a dez, um problema se tiver tamanho cinco na sua mente, você certamente será tamanho quatro,ou seja, ele é maior que você.

Se me permite um humilde conselho… dê ao problema o tamanho que ele merece, zero. Não sabote a sua vida. E sim, falo de todos os problemas do mundo, de qualquer problema que você consiga imaginar. Seja maior que ele. Tenha uma mente positiva, direcionada para o bem, e adivinha… coisas boas simplesmente começaram a acontecer. O universo faz questão de te dar tudo aquilo que você busca. Se buscar ser pequeno, pequeno será.

Tenho um caro amigo, me reservarei o direito de preservar o seu nome mas é leitor deste blog e logo se reconhecerá. Acompanhar a vida dele nas redes sociais é como encontrar o pior do ser humano, não, não é ele. Ele é uma pessoa maravilhosa, mas as pessoas e situações que o cercam. Coisas ruins estão acontecendo em volta dele a todo instante. Por quê? Simplesmente porque ele dá a estas coisas uma alta nota no seu dia. Falo disso com propriedade porque em grande parte da minha vida fui assim. Deixava pequenas coisas estragarem minha experiência diária. Um dia, após um telefonema, mudei. Simples assim. Percebi que não adianta. A sua postura frente ao mundo só afeta você, ou melhor, se você irradiar alegria com certeza contaminará as pessoas a sua volta.

Deixe de sabotar a si mesmo. Arregace as mangas e entenda que só depende de você. Qualquer coisa, só depende da sua postura. Encontro pessoas que reclamam que não ganham bem, que suas vidas estão emperradas economicamente… mas… e sempre tem o “mas”… Deus me livre fazer uma hora extra. Trabalhar finais de semana? Nem pensar. Ser pró-ativo e fazer algo que não está relacionado ao seu trabalho? Nem que o mundo acabe. Deixar o futebol? Chegar mais cedo? Sair mais tarde? Ter um segundo trabalho? Não! Não! Não.

E aqui não estou fazendo apologia ao trabalho sem limites, não é isso. Estou afirmando que só depende de você, da sua dedicação, da sua programação mental. A cada dia garanto a você que encontrará dezenas de desculpas para não fazer o que não gosta, e todas válidas. Sei disso porque faço diariamente com relação aos exercícios físicos. Mas entenda, só depende de você, sempre.

Então, convido você a abandonar a condição de vítima. Eu sei que ela é cômoda. Sei que tá tão gostoso ali, afinal, sua vida nem é tão ruim… o mundo não está contra você. O único oponente que você tem é você e aqueles que você elege como tal, no final, você verá, é a tua postura frente aquilo que você chama de problema. Lembre-se, foque na solução!

Vastas perguntas, escassas respostas

Quão ignorantes somos? Quanto podemos evoluir? O dinheiro de fato é a solução para todos os problemas? Tudo indica que sim, mas os fatos dizem que não. Diz um ditado antigo que de nada adianta tirar o porco do chiqueiro, dar-lhe banho e usar perfume, na primeira oportunidade que tiver, o porco voltará ao chiqueiro. Tendo a acreditar na verdade disso, mas aí a polêmica: as pessoas não mudam?

Vejamos o caso do momento, o goleiro Bruno: de infância paupérrima, criada por uma senhora que não era sua mãe, pouco estudou mas fez fama e fortuna jogando futebol, estima-se que ganhava cerca de 200 mil/mês e já era sondado por times como o Milan e o Barcelona, mas Bruno quis voltar para o “chiqueiro” (aqui não falo de geografia e sim de analogia)

Orgias, traições, ignorância de lei  e certeza de impunidade levaram o goleiro Bruno do céu ao inferno, enquanto escrevo esse texto ele está foragido, por certo não será assim por muito tempo, como figura pública logo será denunciado. Mas o que faz Bruno se cercar das mesmas más influências do tempo em que era apenas “bruno”?

Macarrão, seu inseparável companheiro desde os tempos das ruas das favelas, continua ao seu lado, dirige o seu carro, tem livre acesso a sua casa e segue circulando nas mesmas favelas, e ao que tudo indica… cometendo crimes.

Bruno é um caso isolado, mas representa um problema, a falta de preparo, não somos feitos para o 360, será que somos criados apenas para o horizonte? Não está na hora de nos prepararmos para grandes mudanças?

Por outro lado, não seria totalmente ético abandonar aqueles com os quais você conviveu na hora de “roer o osso”, ou seria? É uma questão de criação ou caráter? Difícil dizer, assim como adolescentes extremamente ricos não tem medo da justiça e por isso cometem barbáries, pessoas pobres nem sabem que ela existe e cometem o mesmo erro.

As perguntas são vastas, as respostas escassas e todas desfilam no campo da filosofia. A verdade é, que infelizmente, a pouca efetividade da justiça faz com que a sensação de que a lei válida tem como única relação o número de zeros em sua conta bancária.