A história dos que buscam, mas não querem. Sobre emprego e desemprego.

Recentemente a firma abriu 4 vagas, divulgamos nas redes sociais, em sites especializados, em grupos segmentados e em pouco mais de uma semana recebemos cerca de 400 currículos. Um número que retrata o momento de baixa que passa a economia, mas é um número mentiroso.

Em todas estas vagas pedimos coisas específicas de cada função e algo em comum, conte sua história. Lembre, trabalho com comunicação, então saber contar histórias é como respirar, é necessário.

Não foi o que aconteceu: do total de currículos que recebemos apenas nove, 9, nove, somente 9, nada mais que nove, enviaram a tal história. Destas, 4 apenas repetiram o que já dizia no currículo. Então, para quatro, 400 currículos ficamos com 6 candidatos potenciais para 4 vagas. Tem mais: um dos candidatos mandou o currículo de outra pessoa. Perguntado sobre apenas disse que se confundiu e pronto. NÃO MANDOU O DELE. Deixou como estava.

Sim, temos uma crise de emprego. Sim, temos mais de 13 milhões de desempregados e sim, é preciso reaquecer a economia de maneira urgente, mas estamos fazendo a nossa parte? Por pura curiosidade(e para escreve este texto) resolvi perguntar para 10 destas pessoas que não enviaram suas histórias, por que não o fizeram, me arrependi:

  • 5 disseram que não sabiam que era preciso.
  • 2 disseram que não tinham histórias para contar.
  • 2 disseram que tentaram, mas não conseguiram (o que é mentira porque o sistema não aceita o envio de currículos até que todos os dados estejam completos – a maioria escreveu algo como: Segue meu Currículo)
  • 1 afirmou que pretendia despertar a nossa curiosidade.

Das quatro vagas abertas apenas uma se encaminhou, as demais irei enviar a uma empresa de RH especializada. Eles devem ter experiência com esse tipo de sofrimento. Fico pensando quantos destes candidatos não irão das redes reclamar da situação, do país, dos políticos, dizendo que tem todas as competências no mundo, mas que ninguém o chama. É incrível, é triste, porém, é verdade.

Se você está lendo esse texto e encontra-se desempregado no momento, use o (mau) exemplo alheio e não repita os erros, faça a lição de casa:

O que Kéfera Buchmann tem a nos ensinar sobre comunicação?

fanfiction-kefera-buchmann-5inco-minutos--a-historia-de-uma-estrela-3167785,190220150317Quem é Kéfera Bachmann? Se você começou a ler este texto com essa pergunta é hora de rever seus conceitos e fazer reciclagem, aliás, muita reciclagem. Kéfera é a voz e o rosto de uma nova geração, geração que consome, geração que dita tendências e com a qual a sua marca precisa se comunicar de maneira urgente.

Outro erro clássico ao se falar da moça: não gostar do que Kéfera fala e por isso não dar importância a ela. Clássico, como falei. A moça que eu nunca vi na minha vida, apesar de sermos da mesma cidade, representa uma fatia considerável do público alvo que marcas procuram, ela inspira regras e comportamentos, mesmo que afirme não ser esse o objetivo, mostra tendências e acima de tudo: aproveita oportunidades, e é essa exatamente isso que Kéfera tem a nos ensinar sobre comunicação: aproveitar oportunidades.

A história de Kéfera, em linhas gerais: uma moça que sonha atriz e estuda no ensino médio, resolve fazer um vídeo para o Youtube, fica insegura com a repercussão dele, recebe apoio das amigas continua, torna-se um sucesso nacional, Curitiba fica pequena, talvez os sonhos tenham mudado, talvez não, mas o fato é: ela soube aproveitar as oportunidades que ela e a vida criaram.

Para escrever esse pequeno texto tive a pachorra (palavra de velho, procurem) de assistir todos os vídeos do canal de seu canal no Youtube, além de pesquisar alguma coisa na imprensa. Kéfera sonhava ser atriz e em seus primeiros vídeos ela fazia exatamente isso, dava vazão a este sonho, fazia esquetes, anunciava suas peças no teatro, ou seja, aproveitava o sucesso que fazia no Youtube para também fazer sucesso nos palcos.

Em algum momento descobriu-se no topo do mundo e conseguiu ajuda profissional, a adolescente que sonhava ser atriz tornou-se uma estrela conhecida nacionalmente. Seus vídeos antes editados no Movie Maker e gravados em uma câmera amadora em cima de apostilas ganharam o HD e vinhetas profissionais.

Aqui uma pausa na linha do tempo: leram bem o que escrevi acima, viram como ela usou o que tinha e fez o melhor que podia com isso? Não ficou reclamando que não tinha equipamentos ou sonhando com o dia em que poderia ter melhor sorte, não. Foi lá e fez. Recebeu críticas, sim! A qualidade dos vídeos deixava a deseja, sim. Mas ela foi lá e com o seu talento e carisma, mostrou o que sabia fazer e fez.

Voltando ao texto… o papel de atriz foi dando espaço para a Kéfera profissional do online, sim, porque as oportunidades apareciam e ela as agarrava. Com o sucesso que fazia nos vídeos não demorou a ganhar sua própria loja online em que vende produtos com a sua marca, seu rosto e coisas associadas a ela como o bordão “oi, oi, gente” ou até mesmo a cachorrinha Vilma Tereza.  Nas outras redes sociais como Facebook e Instagram mostrava sua vida e faturava sempre que tinha oportunidade com marcas que queriam associar-se a imagem da moça carismática. Logo surgiu o Snap e com ele um Big Brother diferente, um com edição e de graça, a moça tornou-se não o expectador, mas a irmã de seu público, diariamente ela oferece conteúdo gratuito, muito próximo do espontâneo e intimo. As pessoas conhecem toda a casa de Kéfera, ela os leva junto, mostra o banheiro, mostra a maquiagem e a cozinha, mostra uma linha de produtos que está à venda em sua loja ou a linha de comida saudável que leva sua assinatura.

Comida saudável. Em algum momento Kéfera achou que precisava mudar de vida, já estava em São Paulo e como disse, não a conheço pessoalmente para saber se ela chegou a essa conclusão sozinha ou se o casting que a acompanha aconselhou, mas o fato é que ela decidiu que precisava levar uma vida mais saudável. Não misturou estações, criou novas formas de falar com esse público, novos canais, novos meios e abastece todos eles com conteúdo inédito e exclusivo, aumentando seu público, seu tipo de público, criando um novo público e claro, monetizando.

Hoje o canal principal da moça no Youtube supera 7 milhões de assinantes, um fenômeno absoluto, ela tornou-se uma espécie de Midas da comunicação online, ao contrário do que faz parecer, Kéfera não sofre de um mal que atinge muitos jovens e empresas, a preguiça. Kéfera torna cada oportunidade em realidade. Não gosta de internet? Tem livro? Não gosta de ler? Tem peça? Não gosta de peça? Agora tem cinema.

Quer mais? Vamos as polêmicas? Podemos até ir, mas Kéfera não nos acompanhará. Ela não expõe a marca dela onde não é necessária. Qual é a opinião de Kéfera sobre a Presidente Dilma? Só ela sabe e é assim que deve ser. Por que expor sua marca, seu cliente, você mesmo desnecessariamente? Não faz sentido.

Dando linhas finais ao texto, o resumo é que você pode não gostar, nem de Kéfera, nem do trabalho da Kéfera e nem mesmo concordar com nada do que ela diz, mas não feche os olhos, ela é um exemplo a ser seguido em qualquer área da comunicação. Ela trabalha em diversos mundos e em todos atua com vigor, mostra sua vida quando tem que mostrar, fala sério quando tem que falar e sabe como poucos promover ou até mesmo acabar com uma marca. Mas fazer um trabalho como faz, Kéfera Buchmann e sua equipe, dá trabalho, muito trabalho, precisa gostar, querer e principalmente, fazer. Arrumar as desculpas certas para o momento certo sempre nos parece uma boa ideia, mas lembre-se da máxima, desculpa boa todo mundo tem, sucesso como a da moça rejeitada pelos intelectuais de plantão só com trabalho, inteligência e dedicação.

Comunicação não é padaria

pao-frances-pequena-padariaTenho uma amiga que precisava fazer uma reforma na casa, entre as coisas que queria fazer estava a retirada de uma pilastra, chamou o engenheiro e o mesmo lhe informou que não seria possível pois a retirada poderia comprometer a estrutura da casa levando a casa a até mesmo cair. Fim de papo. Não se falou mais em retirar a pilastra mas sim como fazer com que ela se adequasse melhor ao projeto inicial. Infelizmente na comunicação a lógica não é a mesma.

Muitas empresas entendem a comunicação como se estivessem em uma padaria:

 – Olá, me veja 3 redes sociais, um adwords e acho que vou levar também facebook ads.
 – Embrulha para viagem, senhor?

Culpa dos dois lados: culpa das empresas de comunicação que movidas pela concorrência cada vez mais acirradas aceitam essa prática e culpa também dos empresários que apesar de não terem a teoria e nem a experiência necessária para esse tipo de ação, insiste em tomar decisões que não fazem parte do seu dia a dia.

Mas o que é necessário entender para a comunicação: ela faz parte de um conjunto de ações que, casadas, deixam harmônica toda a estrutura de divulgação da empresa. Conheço muitas empresas que tem investido em comunicação em diferentes empresas e cada uma delas fala uma “língua”, a chance de dar certo é bem perto de zero.

Não podemos deixar de citar aqui também os empresários que acabam boicotando o próprio negócio por vaidade ou escolhas pessoais. Pessoas que não usam o verde ou o vermelho porque lembra o time que não torcem, pessoas que não gostam de ação X ou Y, mas não gostam porque Elas não gostam, e não porque a ação fere algum preceito da empresa ou ainda seria inócua.

Entender que a comunicação se difere e muito das padarias é um, talvez o mais importante, passo para o sucesso da comunicação empresarial de uma empresa.

Infelizmente só o suor não lhe serve

unnamedSempre acreditei nas pessoas, e não escrevo isso como uma forma genérica ou com o intuito de angariar simpatia para mim, não. Sempre, realmente, acreditei nas pessoas. Se alguém chegar agora me convidando para ver uma vaca voar a chance de eu me levantar acreditando que realmente verei tal vaca é de 99%. E este tipo de coisa, ultimamente, tem me trazido mais problemas do que nunca.

Dia a dia trabalho em média nove horas por dia. Não estou reclamando, nem de longe, entendo que para buscar algo temos que de fato fazer por merecer. Há trabalhos que necessitam de meia hora de sua atenção, há outros que necessitam de maior atenção, sem dramas, enfim, sempre acreditei que o suor, a inteligência me levariam a conquistar as coisas. Até me trouxeram muitas, mas atualmente é preciso mais. É preciso estar atento aos espertalhões. Aqueles que buscam se aproveitar desse seu suor em benefício próprio. Que te enganam, que mentem, que fazem os maiores rodeios para no final venderem toda a dificuldade do mundo.

Já escrevi aqui que entendia que sim, devemos nos preocupar com o próximo, pois, parece que estou em um grupo muito pequeno ao pensar assim. Aqui no meu trabalho, por exemplo, tenho diversos ex-clientes que simplesmente entendem que não devem o que devem. Não importa se você tratou, assinou, combinou acertou, aceitou. Se recusam a te atender, a te pagar ou ainda dignificam-se a responder seus emails, como se isso fosse a coisa mais comum do mundo.

Entendam que aqui não falo dos prejuízos financeiros que isso acarreta, não. Falo da falta de palavra, da pouca preocupação com o que é certo, com o que você disse que era bom, que queria, que buscava e de repente, sem te falar, sem te responder, sem se comunicar, mudam de ideia, ou seja, mentiram. Faltaram com a palavra, e isso, meus amigos, não é outra coisa que não falta de caráter. E caráter é algo que o seu suor não pode compensar.

Há coisas que simplesmente fogem do teu controle, que não há o que fazer. Cuidar de pessoas com má formação, é uma delas. Nestes anos de empreendedorismo aprendi o que não queria: há muitas pessoas, mas muitas mesmo que simplesmente enriquecem as custas do trabalho dos outros. Seja pagando salários menores do que poderiam aos seus, seja enganando propensos parceiros.

Há punição? Não sei. Duvido. A maioria das pessoas que se encaixam neste perfil estão muito bem, obrigado. É verdade que não conheço suas vidas pessoais e também não posso avaliar seus sonhos, mas aos olhos nus, exibem a melhor das formas.

Fico, de verdade, muito triste com isso. Queria jogar o jogo do ganha-ganha, mas o jogo jogado é “quem engana mais chora menos”. É triste, mas é verdade.

Erros comuns de comunicação nas empresas…

Se você acha que o principal motivo de “encrencas” no dia a dia das empresas é a competitividade, falta de promoção ou ainda os salários baixos ou altos (há inveja com o salário alto) você está errado: a falta de comunicação é a grande vilã das empresas.

Pessoas que deveriam manter a sintonia e focar os esforços em um objetivo comum acabam se desgastando com pequenas questões que só atrapalham, e acreditem, sim, tem um culpado, na sequencia, há dois ou três…

Para não complicar vamos a um exemplo prático:

Job era prestador de serviços da empresa XYZ, um dia Job é requisitado para efetuar uma tarefa, porém quem era a pessoa responsável por essa distribuição, Jandra não se sentia confortável nessa situação. Entendia que Job ganhava mais do que merecia, não fazia trabalhos tão bons quanto os dela e ainda por cima não tinha que ficar o dia todo aguentando o chefe do lado dele, então, todas as tarefas que Jandra passava para Job vinham como ordens mal humoradas, sem o briefing adequado e com uma má vontade aparente. Um dia Job se cansou dessa atitude de Jandra e reclamou para o chefe da empresa, que ao analisar os fatos acabou dando razão para Job, o que deixou Jandra trabalhando com ainda mais má vontade.

Como isto poderia ter sido evitado? Com um clara comunicação interna protocolar.

Todo o colaborador, e aí não importa o tamanho da empresa, deve respeitar regras de comunicação, das mais simples até “grandes momentos da comunicação”. Atender o telefone por exemplo, qual é o padrão da sua empresa? Todos tem que seguir esse padrão. E aí é para trabalho, aí é para envio de emails, tem até protocolo para discussão em reunião.

Levar para o lado pessoal, questões profissionais é algo reservado para os pouco preparados. Há um antigo texto que fala sobre a “árvore dos problemas”, o lugar, onde antes de chegar em casa, você deixa todos os seus problemas. No ambiente empresarial deve haver o “árvore dos problemas pessoais”, lá deve ser deixado todos os seus pensamentos, preconceitos, enfim, nada que tenha sua assinatura e não a assinatura da empresa não é bem vinda!

Se você não gosta da pessoa, do perfume da pessoa, se acha que ela é a maior “santinha do pau oco”, ou o perfume dela é do Paraguai, não importa. O que importa é quanto ela está afetando a rentabilidade da empresa, se ela está ou não dedicada com os projetos, como você já deve ter percebido, o que importa é a empresa.

Difícil? Claro que é. Mas é o que se espera de um profissional de alta performance, e é isso que os “maiorais” da empresa estarão analisando antes de renovar um contrato, dar uma promoção ou simplesmente não demitir.

Portanto, meu nobre, seja frio. Se discutiu pessoalmente com uma colega de trabalho hoje, esqueça amanhã! Mais cedo ou mais tarde você vai acabar precisando e vice e versa, quem perder essa briga do “correto”, vai acabar se dando mal.