Fácil

O fácil fica fácil quando tudo que é fácil vem fácil.
Mas se o ditado diz que
O que vem fácil, vai fácil…
Como isso pode se dar?

É biblico:
amar o que te ama é fácil,
Difícil é amar aquele que te odeia.
Mas devo?
Preciso?
Fácil falar, difícil fazer.

Ontem você era 10. Difícil ficar longe.
Hoje você é 1. Fácil se distanciar.
A desculpa está dada.

De verdade, você precisa de algo, ou alguém, quando se é 10 ou 1?
Fácil perceber que Difícil é saber.
Mas que…
por mais difícil que seja.
Ser fácil para a pessoa difícil…

Transforma tudo que é difícil
em algo fácil…

Ao menos para outrem.

O mundo não é uma dicotomia

Talvez você pense assim.
Mas, está errado.

A vida não é uma dicotomia.
A vida é um sopro.

Ao perder tempo para a violência, para o grito, para a palavra baixa.
Você perde tempo.

Tempo não vota.
Tempo não volta.
Tempo não se compra.
Tempo não faz quarentena.
Tempo não usa máscara.

O tempo vai embora!

Não importa a sua crença.
Não importa a sua cor.
Não importa o que você acha.
O tempo vai embora.

Você pode escolher:
Ir com o tempo levando sabedoria.
Ir com o tempo levando selvageria.

Mas uma coisa é certa:
O mundo não é uma dicotomia.

Nós não gostamos de concordar em discordar.

Eu acho.
Você acha.
Eu gosto.
Você não gosta.

É simples, claro.
Mas não se aplica.

Nós não gostamos de concordar em discordar.
Nós gostamos de grupo ou de confronto.

Eu contra vocês, vocês estão errados.
Não há discussão.

Os traumas se somam.
Uma família já dividida entre A e B.
Vê o “A” se dividir também, A raiz, A traído.

Tal qual um casal que se separa e os filhos não sabem quem apoiam.
Eles sempre foram um. Eles sempre foram juntos.
Agora preciso escolher? Não posso simplesmente amar os dois?

Não. Não pode!
Nós não gostamos de concordar em discordar.

Pouco importa o lado que você escolha.
Tudo está rachado.

Ah, e sabe aquele bicho papão que você queria tanto evitar?
Bom, ele se espreita para aproveitar a brecha que foi aberta.

Vamos nos unir para combater?
Não. Nós não gostamos de concordar em discordar…

Os diferentes não podem ser tratados como iguais

Ela chegou.
Não pediu licença, foi se assentando e pedindo os melhores lugares.
Não dá para dizer que a gente não sabia, ela se anunciou durante a viagem.
Mas, né… a gente sempre pensa que acontece somente com os outros.

Hoje eles dizem:
Fique em casa!
Hoje, julga-se quem não fica em casa!

Fácil.
Assim como o amor não passa fome,
A democracia também não.

Ficar em casa dividindo 4 pessoas em 10 cômodos, é uma coisa.
Ficar em casa dividindo 10 pessoas em 2 cômodos, é outra.

Ficar em casa?
Salvar vidas? De quem?

A democracia não passa fome.
Alguém precisa ser culpado.

Quem?
Candidatos não faltam.
O meu, eu já digo.
A falta de bom senso.

A democracia, não passa fome.
Fome.

Se estamos perdidos, qualquer caminho serve

A verdade é só uma:
Estamos perdidos. Não vemos o mundo logo ali, na frente.

Não sabemos exatamente se há um precipício ou um jardim com flores em que todos sorriem bebendo Margueritas.
Estamos perdidos.

Fica difícil entender qual é o melhor caminho.
Cada um enxerga com a sua lenta a sua própria crise.

Somos convidados a nos reinventar.
Somos convidados a fazer diferente o que antes dava certo.
Somos convidados a repensar.

Mas como?
O prato bate. A fome bate. O trabalho some.
As pessoas pedem.

Quando uma doença vira uma bandeira, há algo errado.
Quando um remédio torna-se um mantra de salvação, há algo errado.

Mas a vida não é binômia, não é claro ou escuro, é multicolorida.
Então, se estamos perdidos, sejamos claros:
Qualquer caminho serve.
O destino final é que vai definir se acertamos ou não.

Torçamos!

Quando a culpa não é de ninguém, há mocinhos ou bandidos?

O título se refere a uma questão complexa. Enquanto escrevo este texto, estou angustiado. As coisas não vão bem. Claro, não vão bem na saúde, as pessoas estão se infectando e morrendo, não temos testes para saber qual é o tamanho do problema, não temos perspectivas.

Não vão bem nos negócios, com a tal quarentena em voga, escrevo a “tal” porque oficialmente não estamos em quarentena, não há esse decreto, as pessoas são apenas incentivadas a ficar em casa, por outro lado, inúmeros decretos proíbem atividades fazendo com que a vida “normal” se torne impossível.

Conheço vários profissionais, de todos os tipos, pedreiro, consultor, manicure, pequenos empresários, enfim… pessoas que hoje choram e se perguntam: como vou me virar?

Não tem milagre, os tais R$600 que o governo promete é tipo marmelada, até sustenta, mas não impede a morte.

Também há as demissões, e elas estão acontecendo “aos baldes”, amigos, amigas, pessoas que não tem pra onde “correr”, pessoas que trabalham há mais de 10 anos em um mesmo local, que já estão em uma idade um pouco mais avançada e agora se perguntam como o futuro lhes será apresentado.

Há os empresários que, e sem nenhum tipo de julgamento, apenas constando, apenas buscam salvar a própria pele. Cuidar do seu, até tem algum tipo de sentimento pelos empregos que não salvam, pelos fornecedores que não irão pagar… mas qualquer coisa diferente, dá muito trabalho.

EU mesmo, trabalho em uma empresa, com outras 15 almas, que dela tiram o seu sustento ou parte dele. Estamos perdendo muitos clientes, alguns realmente não tem o que fazer, não tem como continuar, outros, apenas querem se salvaguardar e não pensam no ecossistema como um todo. Junto com meus queridos sócios, Boby e Hallana, estamos fazendo as escolhas mais difíceis e trabalhosas possíveis para não ter que tomar a decisão mais dolorosa, a de demitir. Se vamos conseguir, a história pertence o resultado, mas estamos em busca.

Em época de medo, há pouca ou nenhuma solidariedade, mas também há pouca ou nenhuma inteligência coletiva.

Fazendo um paralelo com o filme da moda, O Poço, a lógica, seria mais ou menos a mesma. Se todo mundo pensasse no próximo, no fornecedor, na negociação, na antecipação, no menor, naquele que tem menos caixa, passaríamos por essa crise mais fortalecidos, mas… assim como no filme… e sem dar spoiler… só resta a esperança, porque os demais seguem pensando em salvar a própria pele, e isso, infelizmente… não é óbvio.

Além de vidas, o Covid-19 está matando sonhos

Não há resposta fácil, não há caminho sem pedras, não há como garantir A ou B. Todos nós, em maior ou menor grau, vamos sofrer. A pandemia do novo coronavírus assusta todo mundo, as pessoas tem medo de morrer, tem medo de passar a doença para seus queridos próximos. Se isolam.

Ao se isolarem, vem a pergunta: e agora?

E agora o meu trabalho? E agora minha empresa? E agora minha família? E agora?

Como as pessoas que me acompanham aqui ou nas redes sociais em geral sabem, tenho uma empresa há quase 10 anos, já passamos por várias crises, mas todas tinham roteiro, essa não. Não sabemos quando isso vai acabar, como vai acabar ou ainda como isso se dará.

Hoje, as perguntas que me faço são:
– Como vou salvar os empregos das pessoas que trabalham comigo?
– Tem como salvar?
– Como vou salvar o meu emprego?

Depender do governo ou de suas ações chega a ser uma piada de mau gosto, é um navio sem comandante, é alguém que apenas grita que viu um monstro marinho que há tempos não assusta mais as pessoas.

Contar com os líderes locais é também contar com a lógica de papagaios, apenas imitam, não criam, não inovam e também não tem qualquer solução diferente para nada.

O tal do Covid-19, que dizem ser o mais mortal do mundo, outros que não passa de uma gripinha, está matando o sonho de milhares de pessoas. Está matando negócios. Está matando empregos. Está matando também, vidas.

A conta é: quantas vidas diretas e quantas vidas indiretas ele vai matar!?
Somos coautores do assassinato ou somos vítimas?

Perguntas que não podemos responder agora.
Só o futuro vai nos responder.

Não quero ser assassino, não quero ser coautor, quero continuar com um sonho.
Apenas isso.

Ouça Podcast: Fakenews! Parasitas Domésticas no Uber de Um Lugar Melhor

Voltamos alegremente para a quinta temporada do Melhor Podcast do Sul do planeta! O pior do brasileiro está de volta para discutir as incongruências tupiniquins! Essa semana, The Good Place, Uber, Fakenews e Domésticas.

E assim 2019 se foi, obrigado!

Em todos os finais de ano a gente fala sobre a genialidade da quebra do tempo, em como é sensacional essa ideia de parar tudo e “começar” outra vez como se nada tivesse acontecido no passado. E, é genial mesmo!

2019 foi um ano superlativo. Tudo foi intenso. Quem mergulhou em crise, mergulhou para valer. Quem cresceu, cresceu para valer e duas palavras foram essenciais neste ano: coragem e gratidão.

Coragem

Foi preciso buscar, sair da tal zona de conforto, foi preciso buscar novos meios de fazer coisas diferentes, novos meios de se buscar o incerto e apostar. Foi preciso coragem para contratar e demitir. Foi preciso coragem para colocar novos produtos na praça sem saber se o rumo da economia iria mudar a cada novo tweet. Você fez a mesma coisa por muitos anos e, mesmo em anos de crise, passou incólume, mas, desta vez, as coisas mudaram. Nada é mais como foi e continuará não sendo.

Gratidão

Também foi necessário ser grato por diferentes coisas, de diferentes maneiras. Muitos mentores, palestrantes do mundo nos disseram que era preciso ser grato até pelos perrengues, pelas coisas ruins, pois a gratidão à elas nos levariam a cosias muito melhores para sermos gratos.

Por exemplo, você perdeu o seu maior cliente, aquele que bancava grande parte do seu faturamento.
A sua reação deveria ser: Obrigado.
Obrigado porque ao perder seu maior cliente você irá se atentar ainda mais aos processos, aos custos, ao modo de entrega, você irá buscar com mais afinco outras contas para cobrir aquela. Ao abrir muitas frentes, você passa a ter muitas possibilidades, isso é matemático.

Em 2019 bati alguns recordes pessoais:

Li
Li 32 livros (a maioria bons livros – eu não desisto de um livro)
Sou pai de duas crianças e marido de uma mulher, e administro uma empresa, e preciso dormir e comer…
Enfim, para que eu pudesse ler tanto certamente alguém me ajudou, agradeço muito minha mulher, minha mãe, meus colegas de trabalho.
Pode parecer ridículo, mas a gente precisa ser grato em tudo, não só quando coisas grandiosas acontecem, é a partir dos pequenos atos que se constroem grandes coisas.

Meditei
Não sou o exemplo da concentração, mas tentei.
Foram 89 vezes no ano.
Usei meu tempo no PróVida.
Usei aplicativos (recomendo o da Vivo)
Usei o Youtube (recomendo o Canal Yoga Mudra)

Exercitei
Não curti. Não gosto.
Foram 182 dias de 25 minutos cada de esteira.
Ainda me pergunto qual é o meu defeito, pois não gosto.
Não sinto falta.
Mas é necessário.
Não quero morrer cedo.
E antes que falem, sim, procurei algo que eu gostasse, não encontrei.

Comecei
Voltei aos bons tempos de rádio com o podcast.
Encontrei no amigo Geison Vendramin o parceiro da empreitada.
O Pior do Brasileiro se propôs a discutir a gente.
Foram 40 episódios.

E fiz um monte de outras coisas que não lembro, e outras básicas.

Kg emagrecidos – 0kg
Maratonas disputadas – 0
Novos amigos – 4
Viagens – 2
Casamentos – 2
Formaturas – 2
Palestras – 12
Brigas por política – 0
Amigos que me decepcionaram – 4
Amigos que eu decepcionei – não me contaram
X sem gasolina – 1
X na oficina – 4
X no hospital – 0
Livros escritos – 1

O ano se apresentou e a gente o usou conforme possível.
Tomara que em 2020 as oportunidades apareçam e a partir daí consigamos conquistar, muito mais!

Era uma vez um homem vivo que estava morto

Era uma vez um homem.
Um homem que, ainda que vivo.
Estava morto.

Estava vivo, pois vivia.
Respirava.
Andava
Comia
Bebia
Vez ou outra até pensava.

Mas estava morto.

Esse homem não contestava.
Não se impunha.
Não se importava.
Não machucava.
Não curava.

Estava morto.

Um dia o homem morto
De fato morreu.

E, estando morto
nada se fez,
Afinal, o homem morto que antes vivia
Morto estava antes da morte propriamente dita.

Não viveu
O homem que antes de morrer
morto estava

Christopher Robin Um Reencontro Inesquecível nos ensina sobre a vida e sobre os negócios.

Os que me seguem por aqui já perceberam que amo filmes e, gosto ainda mais de fazer paralelos com a nossa vida, profissional ou pessoal. E hoje, quero indicar para vocês, Christopher Robin, Um Reencontro Inesquecível. Não, não se trata de um filme infantil. Também não é um filme água com açúcar. É um filme forte, profundo e cheio de questionamentos.

A história começa com a despedida do pequeno Christopher da Floresta dos Cem Acres e sua promessa de jamais esquecer seus amiguinhos.

Logo em seguida encontramos com o adulto Christopher, chefe de departamento, cheio de responsabilidades, sem tempo para a família, sem saída e com uma missão: demitir metade do seu departamento, quem escolher?

Não, não vou dar mais spoilers, você precisa assistir esse filme. Vamos apenas nos questionar juntos.

A árvore sempre está onde deveria estar

A árvore aqui é uma metáfora para a saída, para os acontecimentos que nos desafiam ao longo da vida. Alguns destes desafios nos levam invariavelmente a pergunta: por que eu? Então, as dificuldades sempre aparecem por um motivo específico? Querem nos fazer entender algo? Precisamos realmente passar por aquilo?

Muitas vezes, em nossa vida profissional, somos desafiados por situações que nos parecem sempre injustas. Perder um grande cliente, perder um ótimo colaborador, o sistema que sempre foi confiável passa a falhar. Difícil explicar, fácil cair para o lado holístico da explicação, mas o fato é uno: com estas dificuldades, crescemos, aprendemos, e até mesmo, simplesmente, mudamos o caminho.

As pessoas dizem que nada é impossível, mas eu faço nada todos os dias.

Fazer nada todos os dias, fazer o impossível todos os dias. Isso é a síntese de nossa vida profissional, principalmente se você é empreendedor.

Quantas vezes você deu duro, resolveu problemas, encontrou soluções, prospectou, vendeu, enfim… e no final do dia teve aquela sensação de que não fez nada? Vamos pensar da seguinte maneira:

Você pegou um dia vazio e deixou ele cheio de possibilidades. Você criou do nada o muito. Você fez sim, o impossível, apesar de pensar que fez, nada.

Que dia é ?

É hoje!

Ah, hoje… meu dia favorito!

Talvez esse seja a reflexão mais impressionante de todo o filme. HOJE. Não, amanhã, principalmente, não, ONTEM. HOJE.

O hoje é uma oportunidade única que temos de fazer tudo absolutamente igual ou tudo diferente, não vai se repetir. É uma oportunidade. Claro, não é uma ode ao dane-se! Não. É uma convocação ao “você pode fazer diferente”. É algo que diz que tudo de ruim que ocorreu ontem pertence ao ontem, pode ecoar no hoje ou até mesmo no amanhã, mas ainda assim pertence ao passado.

Faça. Acredite. Busque. Decisões difíceis todos temos que tomar dia a dia. Demitir ou Contratar? Bonificar ou Descontar? Enfrentar ou Ceder? Casar ou Separar? Enfim, decisões, todos as tomamos, todos temos desafios, e, apesar de você pensar que o mundo só dita a você as regras mais rígidas, não, não é assim.

Uma sugestão muito especial e espero que você a aceite. Assista com o coração leve, assista sem o preconceito de assistir um “filme” infantil (que repito, não é ) e, acredite, um urso amarelo, sujo e lerdo vai te dar grandes lições de vida.

Alexandre Frota fez pornô, e sua empresa pode aprender com ele.

Alexandre Frota é um exímio representante do Brasil. Veio do nada, teve um sucesso danado, trabalhou na maior empresa de comunicação do Brasil, flertou e namorou com as principais celebridades, até que um dia, culpa de suas escolhas, caiu.

Seguiu sendo polêmico, seguiu sendo famoso, mas naquela época ser famoso e polêmico fora da televisão não dava dinheiro, não havia redes sociais, só havia um nicho, um único lugar em que Frota poderia usar a fama, no obscuro mundo do pornô.

Imagino eu que se perguntassem à Frota se ele queria fazer pornô ou seguir trabalhando em uma grande rede, escolheria a primeira opção. Mas não foi isso que aconteceu, o convite não veio e ele ainda tinha contas a pagar.

E aqui vale algumas ponderações;

  • Não estou defendendo ou atacando Frota, não tenho nada com isso, se eu não gosto de pornô, não assisto, simples.
  • O fato dele fazer pornô não torna obrigatório que eu assista um pornô.
  • Frota é maior de idade e faz o que quer da vida.

Fez e tá feito.

Mas, cá estamos nós em pleno século 21, e as redes sociais abrem um mundo de possibilidades para quem é famoso e polêmico. Frota se reinventou. Virou porta voz de um nicho da sociedade que, acreditem, clamava pela volta dos bons costumes. Usou seu dedo, desta vez, para apontar os erros. Escolheu um lado e lutou. Virou candidato, venceu.

No momento em que escrevo este texto Frota foi expulso do seu partido político porque, de novo acreditem, era uma voz contrária aos desmandos e as pérolas ditas. Frota se tornou uma voz consciente na loucura que se tornou a nossa política.

Frota é o retrato de nós mesmos, sempre se reinventa. Assim é também nas empresas, você sempre precisa se reinventar. Não, não é necessário fazer pornô, se acalme, mas, insisto, é preciso se reinventar.

Um produto hoje distante pode se tornar a sua vitrine principal. Um funcionário que estava de lado pode se revelar um vento de inovação.

Todos passamos por momentos difíceis, fizemos trabalhos que não gostamos e muitas vezes tivemos que encarar situações desagradáveis aos olhos comuns, mas só nós sabemos aonde cada calo aperta, a cada situação uma decisão, nem sempre fácil, mas necessária.

Então, por mais que o seu preconceito faça a frase seguinte parecer estranha, sempre que a situação parecer ruim, lembre do Frota, ele se reinventou, venceu, perdeu, e conseguiu dar a volta por cima. Você, também pode.

Aprendendo com o profissional Woody da empresa Quarto de Toy Story

ATENÇÃO: para quem entender, há spoilers.

Era uma vez um executivo de alta performance chamado Woody.

Woody conhecia todos os processos da sua empresa chamada “quarto”, tinha todos os seus subordinados sobre controle, promovia debates e reuniões constantes, mantinha feedback claro com todos, mas havia um problema: Woody era considerado velho, era da década de 50.

Todos os anos a empresa que Woody trabalhava promovia um evento especial em busca de novos integrantes para a empresa, este evento chamava-se aniversário, normalmente, Woody sempre mantinha a calma, afinal, tinha a simpatia do conselho diretivo, tinha alta performance nos principais indicadores como alegria, brincadeiras, amizade e lealdade, então, não tinha com o que se preocupar… será?

Em um destes eventos, Woody foi surpreendido com a contratação de outro executivo, Buzz. Buzz era um profissional da nova geração, entendia os principais apontamentos, sabia as tendências de mercado e assim como Woody, mantinha um ótimo relacionamento com seus pares.

Em um primeiro momento Woody reagiu mal, confrontou o novo executivo, tentou deixá-lo mal com a chefia, fez fofoca com os seus pares e acabou sozinho. Quase perdeu o cargo que tanto demorou a conquistar. Chegou a hora do profissional se reinventar. Woody teve que entender que os tempos mudaram, que era vez ou outra é preciso dividir a liderança e assim as responsabilidades. Nesse momento, apesar da idade que normalmente o tiraria do mercado e o encaminharia para a aposentadoria, o xerife, como era conhecido entre os amigos, permaneceu.

Mas, e na vida há muitos “mas”, chegou a hora da mudança. A empresa “Quarto” estava mudando o status quo, não havia mais espaço para profissionais como Woody, Buzz e sua equipe. O que fazer? Novamente a receita se repetiu. A dupla foi em busca de outra empresa que necessitasse dos trabalhos da equipe. Encontrou uma nova empresa “Quarto”, local em que puderam manter viva a chama da sua competência e não precisaram abrir mão daquilo que mais amavam; bater as metas que comentamos acima e o trabalho em equipe.

Aqui é importante um registro: apesar das mudanças, Woody, Buzz enquanto líderes jamais deixaram o desânimo pela falta momentânea de trabalho abalar a equipe. Sempre procuraram motivar cada stakeholder de cada projeto, em conjunto com isso, nunca deixaram a lealdade lhes faltar, enquanto a primeira empresa “Quarto” precisou, a dupla permaneceu. Assim, mostraram ao mercado que eram profissionais diferenciados.

Mas, e como já comentei na vida há muitos “mas”, o tempo de Woody parece ter chegado ao fim. Ele já não era chamado para as principais reuniões na empresa “Quarto”, muitas vezes decisões eram tomadas à sua revelia e até mesmo contra sua orientação. Houve também a aquisição de um novo profissional, este, totalmente desqualificado para a tarefa que fora designada e ainda assim estava a frente de projetos que não queria, mas que Woody queria.

O que fez Woody?

Se revoltou? Tentou sabotar o novo integrante da empresa? Não. Se reinventou.

Como era de seu caráter absoluto, fez o que pode para motivar e treinar o novo colaborador, fez com que este entendesse que a CEO Bonnie precisava de um profissional motivado, que encantasse a cada momento. Treinou, treinou e treinou. Desta vez, apesar de cansado, Woody não dividiu esta tarefa, tal qual um desafio a si mesmo ele fez o seu melhor. Até que chegou a hora de deixar a empresa “Quarto”.

Claro, houve receio, claro que sua equipe fez o que pode para demovê-lo da ideia, mas a verdade é que quando algo não é para você, você também não é para algo, então… Woody se foi. Hoje, atua como freelancer em projetos de resgate e aquisição. Woody também reencontrou uma antiga parceiro da primeira empresa “Quarto” que lhe ensinou que sim, há vida fora do “Quarto” e assim, conhecemos a saga de Woody. Um profissional que qualquer empresa gostaria de ter em seus quadros.

Woody foi até os últimos segundos na empresa “Quarto”, diferenciado. Woody, provavelmente não teve ao longo de sua carreira o reconhecimento que merecia, a remuneração que merecia, mas ainda assim, ele sempre deu tudo o que tinha, e tudo o que ele tinha era o seu melhor.

A história dos que buscam, mas não querem. Sobre emprego e desemprego.

Recentemente a firma abriu 4 vagas, divulgamos nas redes sociais, em sites especializados, em grupos segmentados e em pouco mais de uma semana recebemos cerca de 400 currículos. Um número que retrata o momento de baixa que passa a economia, mas é um número mentiroso.

Em todas estas vagas pedimos coisas específicas de cada função e algo em comum, conte sua história. Lembre, trabalho com comunicação, então saber contar histórias é como respirar, é necessário.

Não foi o que aconteceu: do total de currículos que recebemos apenas nove, 9, nove, somente 9, nada mais que nove, enviaram a tal história. Destas, 4 apenas repetiram o que já dizia no currículo. Então, para quatro, 400 currículos ficamos com 6 candidatos potenciais para 4 vagas. Tem mais: um dos candidatos mandou o currículo de outra pessoa. Perguntado sobre apenas disse que se confundiu e pronto. NÃO MANDOU O DELE. Deixou como estava.

Sim, temos uma crise de emprego. Sim, temos mais de 13 milhões de desempregados e sim, é preciso reaquecer a economia de maneira urgente, mas estamos fazendo a nossa parte? Por pura curiosidade(e para escreve este texto) resolvi perguntar para 10 destas pessoas que não enviaram suas histórias, por que não o fizeram, me arrependi:

  • 5 disseram que não sabiam que era preciso.
  • 2 disseram que não tinham histórias para contar.
  • 2 disseram que tentaram, mas não conseguiram (o que é mentira porque o sistema não aceita o envio de currículos até que todos os dados estejam completos – a maioria escreveu algo como: Segue meu Currículo)
  • 1 afirmou que pretendia despertar a nossa curiosidade.

Das quatro vagas abertas apenas uma se encaminhou, as demais irei enviar a uma empresa de RH especializada. Eles devem ter experiência com esse tipo de sofrimento. Fico pensando quantos destes candidatos não irão das redes reclamar da situação, do país, dos políticos, dizendo que tem todas as competências no mundo, mas que ninguém o chama. É incrível, é triste, porém, é verdade.

Se você está lendo esse texto e encontra-se desempregado no momento, use o (mau) exemplo alheio e não repita os erros, faça a lição de casa:

Algumas vezes

Algumas vezes, eu sei e concordoÉ f… As coisas não saem exatamente como você imaginou. Você não é a Betina, não ganhou na Mega e de verdade, por mais que goste da emoção do seu trabalho ele é rotineiro. Mesmo que tudo sempre aconteça de maneira diferente, isso também vira rotina.

Algumas vezes, ok, esse texto deveria usar um superlativo ou ainda algum adjetivo dramático como Nunca ou ainda SEMPRE, mas o fato é que nunca as coisas saem como o esperado e SEMPRE é preciso mudar.


Todo mundo fala que você precisa MUDAR. Mas mudar para onde, cara pálida?


Qual é a fórmula do bolo?

Primeiro você manda tudo e todos às favas.

Depois você junta suas coisas.
Em seguida…


Como faz?

Faz o melhor com o material que tem em mão. É assim. Você ser o melhor com o que tem é uma grande vitória. Entender que nem tudo está na tua mão, outra. Parece um texto comodista, mas é exatamente o contrário. É um texto de inconformismo. É um texto que fala pra você assim:


Amigão, tô ligado que não tá fácil. Tô ligado que você dá um passo para frente e parece que dá 10 para a PQoP. Mas não é assim. Garanto. Se compare. Compare você com você mesmo. Compare o você de 10 anos no passado com o você de agora. Você é melhor.

Claro, se buscou fazer o melhor com o que tem nas mãos.

E tem mais, e isso vai te irritar:

Você SEMPRE (olha o adjetivo aí) depende de alguém, seja da boa vontade, da aprovação, do dinheiro, enfim, de algum modo um pedacinho da sua vida está sempre nas mãos de outras pessoas e você precisa conviver com isso.

Não tem exceção, se quiser conquistar mais, você depende de alguém e aí adivinha:

Você precisa fazer o melhor que puder com o que tem nas suas mãos.


Complicado, eu sei, mas este blog não se propõe simples, é uma troca de letras entre eu e você. Dá uma pensada, tenta interpretar e seja feliz.

Todos temos nossas lutas

Alguns lutam por muito. Outros lutam por pouco. Há ainda aqueles que nem ao menos sabem o motivo porque lutam. Mas todos lutamos.

Então, na próxima vez que alguém for grosseiro com você, lhe responder mal. Não entender o seu posicionamento ou ainda colocar você contra a parede de maneira desnecessária, pense:

Qual será a luta dessa pessoa?

Provavelmente jamais saberemos. Provavelmente sob nosso viés a luta nem tem tanto sentido assim, mas ainda assim é a luta dele. E sabendo ou não, quem sabe vale a pena sermos superiores e antes de reagirmos imaginarmos o outro, quase como que em empatia.

Nossa vida será melhor. Poucos irão nos entender.

EU sei…

Eu sei que é uma âncora, eu sei que você andava meio de cara virada para ela.
Eu sei que você andou falando nas alcovas mal dela.
Eu sei que você andou até falando mal dela para quem gostava dela.

Mas o sentimento bateu. As lembranças voltaram e eu sei você se perguntou, por que não?

Eu sei que ela foi cruel com você há 4 anos, te humilhou, te deixou sozinho, eu sei.

Eu sei que ela representa para você mais do que representa para outros.

Você inveja a educação, a cidadania, os impostos, a qualidade de vida das outras, eu sei.

Eu sei que ninguém entende porque  esse amor. Eu sei…

Eu sei que ela foi embora novamente, deixou um gosto estranho dessa vez. Se da outra vez saiu com o gosto amargo da humilhação, agora saiu sem dar explicação. Foi ali.

E você, eu sei, ficou, com os mesmos problemas de antes, porém, sem a alegria que poderia ter….
Eu Sei…

Importa para onde estamos indo?

Eu sei, parece uma pergunta tola. Mas ela importa. Assim, como também deveria importar a pergunta desse texto. Importa para onde estamos indo? Parece que não importa não. Perdemos totalmente a a visão do todo, só vamos, tipo manada, comprovando todos os dias as mais velhas pegadinhas em que um segue o outro sem saber o motivo, assim somos nós, humanidade atualmente. Estamos sempre esperando um milagre.

Sabemos, já sabemos, ninguém mais precisa estudar ou precisa de mais tempo para comprovar que estamos destruindo o planeta, mas o que fazemos a esse respeito. Só vamos. Desfazemos acordos, criticamos quem critica essa ruptura, caminhamos para a extinção do planeta, mas seguimos indo.

Estamos cansados de saber em que tipo de políticos devemos ou não confiar, em que tipo de discurso devemos ou não confiar, quão perigosas são as arbitrariedades, mas ainda assim, clamamos por elas. Buscamos por elas, estamos apenas indo.

Estamos fartos em ouvir sobre fake news, sobre os perigos dela para a vida de pessoas comuns como eu e você e sobre a vida de toda uma nação, mas, desde que nos interesse, seguimos compartilhando fake news como se não houvesse amanhã, como se não houvesse consequências, apenas seguimos.

Recentemente passamos por muitas provas, derrubamos uma presidente, veio o vice e nos calamos sobre a corrupção dele, como se ela fosse menor que a de sua antecessora, dizemos, talvez para nos sentirmos bem conosco mesmo que também somos contra ele, mas nada, absolutamente nada fizemos a esse respeito. Quando os preços dos combustíveis começaram a disparar, nada fizemos, somente reclamamos em redes sociais. Quando uma greve dos caminhoneiros veio, apoiamos como se houvéssemos encontrado a tábua de salvação. Bastou acabar a gasolina (ou a chicória) acabar que com ela foi o nosso apoio.

Agora, de verdade, importa para onde estamos indo?

Deveria. Mas lá no fundo do nosso coração, não importa não. Queremos apenas ficarmos quietinhos em nossa zona de conforto, queremos ter um trabalhinho que nos dê uma salário no final do mês e uma leve esperança de melhora um dia, quem sabe, na vida. Queremos também que nossa opinião valha sobre todas as outras, pois, provavelmente sabemos muito mais que outros, temos a resposta e o histórico para todos as questões do mundo.

Na verdade, e de verdade, só importa para onde estamos indo se estivermos indo para onde achamos que é o caminho certo. E esse é o fim, ou ao menos é o começo dele. Na onde de # vale algumas para nossa reflexão:

#somostodoshipocritas
#somostodosegoistas
#somostodosgenios
#somostodosapenasnós

A alegria genuína

Ver a alegria genuína de alguém é algo sublime, divino e extremamente emocionante. O brilho no olhar. O sorriso, o choro sincero. Tudo isso faz a gente ter certeza de que sim, há algo mais, há humanidade, nós podemos ser muito melhores do que nos apresentamos. O exemplo da menina Rinah, de Macapá é um dos grandes exemplos. Um bolo, era isso que ele queria. Foi isso que ela pediu. A situação tava difícil e o valor do bolo iria fazer diferença, mas junta aqui, empresta ali e saiu até um cachorro quente com refrigerante e Rinah chorou.

Chorou o choro sincero da vida, daquilo que queremos e conseguimos. O choro de não se sentir sozinho. O choro de alegria, o choro bom, o choro gostoso, o choro da felicidade.

É assim também com trabalho voluntário, quando você não recebe nada em troca e acaba recebendo muito mais do que deu. Recebe humanidade. Recebe amor. Não dá para medir, não dá para nem mesmo para contar aos demais.

Quando você presenciar um momento destes, contemple-o. Ele é único. Você pode não ter outra oportunidade. E não pense que eles só aparecem na dificuldade, não. Ele aparece no abraço sincero, no presente de natal conquistado, ao ouvir a voz de quem se ama. Ele está lá, basta você baixar a tela do celular e ver. Simples assim.

Quem quiser ler a história da menina Rinah, clica aqui

E quem quiser ver outro momento genuíno dá uma olhada nesse vídeo aqui de pessoas ouvindo pela primeira vez