Blog do Ediney

Devaneio: Uma tarde sem internet em Curitiba

Telefone Antigo EricssonNo momento que escrevo este texto uma pane de internet, alguns também sofrem com a telefonia está assolando o sul do Brasil. Engraçado como hoje em dia não conseguimos fazer praticamente nada sem algo não existia há cerca de 15 anos.

Sem a internet, nem mesmo esse texto pode ser lido, sem a internet as pessoas buscam nos sites informações sobre o motivo da queda, mas… não se pode acessar os rádios. De repente as opções começam a aparecer… um rádio jogado no canto da sala, a tv que não era ligada em dias de trabalho, o telefone fixo. Coisas que as pessoas aos deixaram de lado pela facilidade dos “online”.

Hoje o meu “ganha-pão” está todo vinculado ao meio online, ou seja, fora planejamento nada mais posso fazer. A minha volta um certo desespero das pessoas, gente que tais quais zumbis andando a esmo, buscam o que fazer. E a pergunta não se cala, o que fazer? Muitos comércios da cidade não estão conseguindo nem mesmo emitir nota fiscal, porque elas são online, o caos está formado.

Antigamente, e eu nasci em 1980, então antigamente para mim dá-se a partir de 1990, as pessoas não tinham computador e esperavam o carteiro para saber das novidades das filiais, dos parentes ou até mesmo de familiares em viagens. Alguns utilizavam-se do rádio, nos áureos tempos da rádio AM forte para mandar recados:

– Alô dona Maria, a Aninha vai na sua casa hoje viu?! Prepara o café.

Em outros momentos, o telefone fixo era o fiel companheiro, ligava-se para praticamente tudo, o que hoje é resolvido facilmente por um SMS ou por um email, outrora carecia de uma discada, sim uma discada de de seis, depois sete e agora oito números para que do outro lado da linha a pessoas atendesse. Dependendo do horário da ligação, era um total incomodo, na falta do modernssimo e então caríssimo telefone sem fio, a pessoa tinha que ficar paradinha na sala para ouvir todo o papo. Tudo isso, somado é claro, pelo início das manhas com um jornal impresso.

Hoje, os jornais impressos diminuiram tanto a ponto de que muitos periódicos sumiram das bancas. A rádio AM, salvo raras exceções, tornou-se uma imobiliária de locação de horários, palanque político e púlpito de igrejas. As pessoas só falam entre si através de meios digitais, mal se conhece a pessoa pessoalmente (com o perdão do péssimo trocadilho). Uma tarde sem internet é portanto, a chance de você deixar de mandar um IM (instant messenger) para o seu colega e sim ir até a mesa dele e conversar olhando nos olhos dele, saber das novidades…

Quem sabe… mas como disse no título deste texto, isto é apenas uma divagação de uma tarde sem internet em Curitiba.

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