Atrasar contas de propósito?

Muitas vezes quando escrevo por aqui sou “acusado” de viver em mundo de fantasias em que tudo funciona, em que o ser humano é leal e vive nas regras, e, admito, boa parte dessa crítica é verdade, mas há coisas que são simplesmente inegociáveis, e, atrasar contas de propósito é uma delas.

No livro “Dobre Seus Lucros” de Bob Fifer em sua etapa 37, traz uma receita de como melhorar o seu caixa rapidamente, e a dica é: atrase contas propositalmente, só pague quando cobrado por pelo menos duas vezes.

Faz uns bons anos que administro empresa, impostos, salários, benefícios, férias, décimo terceiro, aluguel, limpeza, equipamentos, etc, etc, etc. Tudo isso não vem de graça. Tudo isso só é pago quando recebemos dos nossos clientes. Simples assim.

Se eu não recebo quando há previsão de recebimento. Perdi as contas do número de vezes que eu e meus sócios, Boby e Hallana ficamos sem receber para honrar compromissos. Quantas vezes deixamos de aumentar salários ou contratar mais pessoas porque o “a receber” era muito grande destruindo o planejamento.

Sempre que, compro algo, principalmente de empresas menores, lembro que, assim como minha empresa, essa também tem todos os compromissos para saudar, toda uma cadeia para sustentar, então, só compro se de fato posso pagar.

Ok, vão me dizer que o fluxo de caixa isso, que o caixa saudável aquilo, mas, desculpe, não vão me convencer. Para mim, as pessoas são mais importantes.

Ah, e antes que falem sobre grandes empresas, bancos que já prevem uma perda em seus balanços e tal, o livro não fala sobre isso, fala sobre o seu fornecedor de cadeira, cartucho de impressora ou sei lá o que mais.

Então, com a devida vênia, e ainda imerso no meu mundo utópico, esse capítulo do livro é simplesmente uma afronta ao que viver em sociedade significa. Não levo, não vou e convido aos demais a não levarem a sério.

Tratar adulto como criança. Se identificar como criança. A arena está fechada para você!

Eu tenho uma filha pré-adolescente de 13 anos e um menino de 9 anos, ainda os trato como crianças:

– Tomou banho?
– Lavou a mão?
– Puxou a descarga?
– Estudou para prova?

É sobre isso e está tudo bem, esse é o papel, mas e quando esse papel se posterga além do tempo e invade as trincheiras profissionais e adultas? Quando aquele que devia buscar o aprendizado, a superação, o conhecimento, o destaque na própria profissão fica aguardando alguém perguntar sobre o estado do próprio bumbum ou, ainda pior, ameaça “contar tudo para a mãe”? Afinal, é trabalho da liderança, do gestor, do chefe, do colega de trabalho se tornar babá de adulto? Qual é o limite?

Vamos aos fatos, e juro que vou tentar não entrar no campo da geração, mas, e sempre tem o “mas”, é preciso colocar uma lupa sobre nossas próprias vidas e atitudes. De um lado nós temos adultos que ainda não entenderam de maneira efetiva as mudanças que estão ao nosso redor, mas estão lá, ainda que muitas vezes, sob a marca da reclamação, está lá, firme, aprendendo.

Agora, há uma galera diferente, acostumada com o “venha a mim o Vosso reino”, acostumado com resoluções em poucos segundos. Pessoas acostumadas com os comentários críticos e sem compromisso com a veracidade ou a repercussão do mesmo. Esse profissional já está no mercado, este profissional está atuando, e, infelizmente, está encontrando um enorme números de “babás corporativas” que só fazem alimentar ainda mais esse pseudo ego infantil.

Nesta vertente, o que temos são tempos difíceis a frente. Primeiro, porque esses profissionais infantilizados, em regra, se sentam e costumam chorar e culpar nas primeiras dificuldades, não há a busca pela resolução, mas sim pelo culpado, que, claro, nunca é ele. Os tempos também se mostram desafiadores por conta do sentimento de “abraço” de não discordância em que vivemos. Fruto das bolhas da internet, não há mais lugar para o contraditório, e para a mínima possibilidade de o erro estar nesses profissionais, não. São acostumados a bolhas de solidariedade e compreensão, não de discussão, são acostumados a estrelas avaliativas em que os pequenos poderes parecem ganhar corpo no melhor estilo “você sabe com quem está falando?”.

Há que se pontuar: no intuito de “agradar” esse infantilizado profissional, os ambientes de trabalho ficaram mais divertidos, afinal, agora temos mesas de open bar, frutas e ginástica laboral nos escritórios, mesa de ping pong, pipoqueira, refrigerante e cerveja e, claro, um cantinho para o “merecido” descanso.

Ocasionalmente, e juro que é só de vez em quando, dá até inveja desse bebezão.
Gugu dadá!?

Quando a culpa não é de ninguém, há mocinhos ou bandidos?

O título se refere a uma questão complexa. Enquanto escrevo este texto, estou angustiado. As coisas não vão bem. Claro, não vão bem na saúde, as pessoas estão se infectando e morrendo, não temos testes para saber qual é o tamanho do problema, não temos perspectivas.

Não vão bem nos negócios, com a tal quarentena em voga, escrevo a “tal” porque oficialmente não estamos em quarentena, não há esse decreto, as pessoas são apenas incentivadas a ficar em casa, por outro lado, inúmeros decretos proíbem atividades fazendo com que a vida “normal” se torne impossível.

Conheço vários profissionais, de todos os tipos, pedreiro, consultor, manicure, pequenos empresários, enfim… pessoas que hoje choram e se perguntam: como vou me virar?

Não tem milagre, os tais R$600 que o governo promete é tipo marmelada, até sustenta, mas não impede a morte.

Também há as demissões, e elas estão acontecendo “aos baldes”, amigos, amigas, pessoas que não tem pra onde “correr”, pessoas que trabalham há mais de 10 anos em um mesmo local, que já estão em uma idade um pouco mais avançada e agora se perguntam como o futuro lhes será apresentado.

Há os empresários que, e sem nenhum tipo de julgamento, apenas constando, apenas buscam salvar a própria pele. Cuidar do seu, até tem algum tipo de sentimento pelos empregos que não salvam, pelos fornecedores que não irão pagar… mas qualquer coisa diferente, dá muito trabalho.

EU mesmo, trabalho em uma empresa, com outras 15 almas, que dela tiram o seu sustento ou parte dele. Estamos perdendo muitos clientes, alguns realmente não tem o que fazer, não tem como continuar, outros, apenas querem se salvaguardar e não pensam no ecossistema como um todo. Junto com meus queridos sócios, Boby e Hallana, estamos fazendo as escolhas mais difíceis e trabalhosas possíveis para não ter que tomar a decisão mais dolorosa, a de demitir. Se vamos conseguir, a história pertence o resultado, mas estamos em busca.

Em época de medo, há pouca ou nenhuma solidariedade, mas também há pouca ou nenhuma inteligência coletiva.

Fazendo um paralelo com o filme da moda, O Poço, a lógica, seria mais ou menos a mesma. Se todo mundo pensasse no próximo, no fornecedor, na negociação, na antecipação, no menor, naquele que tem menos caixa, passaríamos por essa crise mais fortalecidos, mas… assim como no filme… e sem dar spoiler… só resta a esperança, porque os demais seguem pensando em salvar a própria pele, e isso, infelizmente… não é óbvio.

Ouça Podcast: Fakenews! Parasitas Domésticas no Uber de Um Lugar Melhor

Voltamos alegremente para a quinta temporada do Melhor Podcast do Sul do planeta! O pior do brasileiro está de volta para discutir as incongruências tupiniquins! Essa semana, The Good Place, Uber, Fakenews e Domésticas.

Devo aceitar ou ficar em um trabalho só pelo dinheiro?

Resposta esperada: SIM. Resposta pronta: Não. Resposta certa: você quem sabe.

Cada um de nós sabe exatamente onde aperta nosso sapato, cada um de nós sabe o que acontece quando chega o final do mês e não há dinheiro em casa, quando a conta está estourada ou em tempos de Whats o seu telefone não para de tocar com cobradores na sua cola. Mas, e sempre tem o bendito “mas”, estamos falando de vida, de futuro.

Diz o velho ditado, com procedência indefinida:

Trabalhe em algo que ama e não trabalhará um só dia na sua vida.

Será? Trabalhar em algo que amo me trará a garantia que não terei ninguém nesse trabalho querendo puxar o tapete? Não terei as pressões normais por metas que afetam o mundo corporativo dia a dia? Não seremos obrigados a aguentar chefes, patrões, semi-deuses que só fazem transformar o trabalho em algo penoso? Sério?

Sabemos que não é verdade. Não importa o que você faça, não importa quanto você ame ou tenha se esforçado para alcançar sua colocação, sempre haverão dias bons e dias ruins. Compare com um casamento. Não importa quanto vocês se amem, haverá discordância, haverá quebra-pau, normal.

Agora, ainda comparando com relacionamentos, a história é conhecida: não tinham nada em comum, mal se conheciam, mas por alguma trama do destino começaram a se encontrar, compartilhar tempo e de repente, assim, como quem não quer nada, surgiu uma amizade profunda, que virou namoro, que virou cumplicidade, que virou amor, que virou paixão. Já ouviu histórias assim, não?

Agora, pensa, se você nunca trabalhar em algo fora da sua zona de conforto jamais terá a oportunidade de se apaixonar por algo diferente. Jamais poderá namorar um novo modo de fazer as coisas. Quem sabe você seja muito bom em algo, mas a convivência com o pai que é médico, com a mãe que é dentista ou com o irmão mais velho que está estudando medicina fecha seus olhos para o verdadeiro talento. Quem sabe?!

Então, respondendo a pergunta que abre esse texto: Não.

Mas você deve sim, aceitar trabalhar em algo fora do que normalmente procura pelo desafio, pela vida, por tudo o que pode trazer de bom para você, e sim, você pode usar o dinheiro sem culpa.
Isso não quer dizer que você deva abandonar seus sonhos, mas quem sabe, usando esse outro trabalho como uma estrada para chegar até lá, você não encontra outro no meio do caminho. Partiu caminhar?!

Respeite a si mesmo, seu trabalho e seu talento

Respeite seu trabalhoEntenda ao ler esse texto entenda que: algumas pessoas simplesmente não te respeitam. Não importa se você é bom no que faz, não importa se você paga seus impostos direitinho ou é uma pessoa de família exemplar, elas não te respeitam. Já se perguntou por quê?

Porque você se posicionou assim. A resposta, apesar de dura é real. Durante algum tempo, em episódios específicos e quem sabe, usando de muletas as desculpas da vida como “preciso desse cliente”, “não posso perder esse dinheiro” ou ainda a mais popular de todas: “Ele é gente boa!”, as pessoas foram entendendo que você tem o valor que elas acham que você tem. Foram entendendo que apesar de você fazer tudo certinho e muitas vezes, bem acima do acordado, você não está no mesmo patamar das pessoas que cobram o que devem por seu trabalho. Em grosso modo, elas, as que cobram o que devem, viraram meta e você virou realidade.

Os que odeiam são admiradores secretos que não entendem porque tantos te amam.
Paulo Coelho.

E de novo, não trata-se da qualidade do seu trabalho ou do seu atendimento, aqui tratamos do modo como você se posicionou e principalmente: coragem. Não estou fazendo um discurso difuso para dizer que você fez tudo errado, afinal, só você sabe o tamanho do seu aperto, agora, se você tem certeza que é um profissional diferenciado, que se coloca nos melhores patamares, é preciso coragem para enfrentar agora águas revoltas para depois poder navegar em mares mais tranquilos.

Tudo isso é diferente de negociação, bem diferente aliás. Negociação são duas partes tentando encontrar um meio do caminho entre duas ambições, não há favores, há duas partes que tem coisas diferentes a oferecer. Negociação não é você acertar A e esperar AB, também não é você pagar X e cobrar pelo alfabeto inteiro. Não é. Isso é falta de respeito, de valorização e é aí que você precisa se posicionar, e sim, você pode perder o cliente por isso. E sim, você pode passar por perrengues financeiros, e sim, você chegar muito perto de desistir, mas não vai. Porque você sabe quão bom é, e que passará por mais essa.

Muitas das derrotas da vida acontecem quando as pessoas não percebem o quão perto estão quando desistem.
Thomas Edison

As relações comerciais precisam ser maduras, sem medos ou receios, elas precisam se basear na relação ganha-ganha, quando um destes elos se quebra, evidentemente haverão sequelas, mas só para aqueles que permitirem sequelas. Como diz a música, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Isso vale para tudo, incluindo as negociações.

Pense: não há vencedores em uma negociação, há acordos bem fechados!

O que nunca fazer em reunião de negócios – 10 dicas

59cba9403bcbd4e3a7ff13aa811e4d0aOk, eu sei que vou falar de um tema que você domina, certo? Espero que sim. A lista abaixo, as regras abaixo (não, não estou C*…ando regras) são coisas essenciais para você prestar atenção, se policiar totalmente, e nunca, jamais em tempo algum fazer em um reunião de trabalho. São erros comuns, que você pode não dar muita importância, mas são essenciais para a sua imagem ao final dela, afinal, a primeira impressão é a que fica.

1 – Bocejar em reunião.
Gente, por favor, primeiro, você dormir bem antes de qualquer dia de trabalho para que desta maneira você possa produzir mais. Bocejar em uma reunião sinaliza total desinteresse para o tema em questão, “diz” para a empresa que aquela é só mais uma reunião e ter sucesso ou não é indiferente para você.

2 – Postura corporal
Acreditem, mas algumas pessoas não conseguem manter a postura corporal em uma reunião de negócios, inclinam o corpo na mesa, ficam batendo a mão, sentem na própria perna na cadeira, não isso não é legal. A empresa não é tua amiga, você não está em casa e deve se manter como um visitante não intrusivo.

3 – História da minha vida
Se você tem a necessidade de contar a história da sua vida, escreva um livro. Você está lá para falar de negócios, mantenha-se preso a isso. Claro, alguns SEGUNDOS de amenidades ok, o jogo de futebol, o tempo ou até mesmo a política podem receber uma lapada, rápida, apenas para quebrar o gelo e nada mais. Mantenha-se no tempo. Lembre-se que as pessoas que o estão recebendo tem outros afazeres e quando mais tempo você levar, menos tempo ele terá para outras funções.

4 – Pi ri ri
Aqui vamos na primeira polêmica: você demorou eras para marcar a reunião, conseguiu a agenda e no dia… piriri. O que fazer? Cancelar. Sim, cancelar. Seja claro sem ser explícito: informe a empresa que você teve um problema de saúde de última hora e que precisará remarcar, sem dramas. As pessoas entenderão. Elas não entenderão, por mais que digam que sim, por mais que digam para você ficar tranquilo, essa é a imagem que restará de você: o cara que c*ou na primeira reunião. Acredite, pode parecer tolo, menor, mas não é. Isso faz diferença.

5 – Velho amigo
Um erro absolutamente comum, o receptor é simpático e de repente você já acha que é o melhor amigo dele, tapinhas nas costas, palavrões, troca de olhares. Como assim? Acorde, aqui é uma relação cliente fornecedor. Com o tempo, e muito tempo, você poderá ir adquirindo certa liberdade, mas isso está bem distante das primeiras reuniões.

6 – Atrasadinho
O trânsito está horrível? Sim. Mas, salvo a terra seja invadida por marcianos querendo guerra, o atraso por menor que seja, não é tolerado. Assim como no item 1, mostra falta de respeito pela empresa e pelo tempo que ela lhe cedeu. Portanto, arrume sua agenda para que tudo esteja encaixado, chegue com uma antecedência de 10 minutos, não mais, não menos.

7 – Ema, ema, ema…
Uma reunião de negócios, principalmente com novos clientes, não é o mesmo que divã de psicólogos. Não é o fórum para você reclamar da situação do país, falar sobre como outros clientes não estão pagando. Ema, ema, ema cada um com seus problemas. A relação comercial é simples: se há um produto, há um preço, se há um preço há os que podem e os que não podem pagar. Não tem como errar.

8 – O passado está morto
Não é pouco comum empresas falando mal de outras empresas em reuniões. Falar bem de outras empresas, normal e recomendável, falar mal, nunca, jamais. Mesmo que esta seja conhecida algoz do seu atual cliente e prospect. O pensamento é assim: Se este cara está falando mal da empresa agora, por que não falará mal da minha no futuro?

9 – Mute para que te quero
Quando você marca uma reunião, você separa para aquela empresa o tempo, o tempo pertence somente para ela. Então, não é local para você responder emails alheios ao objeto da reunião, não é local para você atender a sua esposa ou esposo que pede urgência na margarina para o café da tarde. Simplesmente desligue o celular, acredite, o mundo seguirá girando sem você. Caso esteja esperando uma ligação de vida ou morte, desmarque a reunião.

10 – Dress code
Não, aqui não tem uma receita de bolo. Há empresas que simplesmente vão te ignorar na ausência do terno e da gravata, há outras que não se importam, então a dica é: vista-se o melhor que puder dentro do seu próprio dress code. Não usa gravatas diariamente? Sem problemas! Capriche na camisa, mantenha o penteado em dia, banho em dia e seja feliz, tudo dará certo.

Essas são 10 regrinhas básicas, que todos deveriam saber instintivamente, alguns escorregam, por isso esse texto. Logo escreverei um texto ao contrário, coisas que não devemos fazer ao marcarmos uma reunIão com um futuro fornecedor. Até lá, aqui, tem uma prévia sobre isso.

O respeito não é mercadoria de troca

angry-boss-malware-rage-bug-threat-pornHá um velho ditado que sempre nos ensinaram: Respeito é Mercadoria de troca. Pois, bem, se ainda não te alertaram disso, afirmo, ele é mentiroso. Sim, respeito jamais deveria ser mercadoria de troca, respeito, aliás, nem mercadoria é, não passa de um donativo, é de grátis, você dá sem esperar receber nada em troca, ou, até espera, mas se não receber, não pode trocar por desrespeito, o teu respeito continua muito grátis.

Há uma dificuldade de compreensão deste tema nas corporações, fomos doutrinados, em regra, que o cargo hierárquico e a hierarquia de poder dão poderes supremos para a pessoa que não tem a mesma prerrogativa. O eterno ciclo vicioso: o presidente maltrata o diretor, que maltrata o gerente, que maltrata o coordenador, que maltrata o supervisor, que maltrata o chefe de operações, que maltrata o operário, que maltrata a recepcionista, que maltrata a tia do café, que faz o café ruim para o chefe tomar, que fica de mau humor e tudo começa novamente.

Respeito, meus amigos, não é nunca deveria ser condicionante, respeito é um aspecto normal da vida das pessoas bem educadas e acima de tudo inteligentes, afinal, um time desrespeitado não pode gerar resultados consistentes a longo prazo, é matemático, mesmo que você seja do pessoal de humanas irá entender isso. Na relação com o poder o mesmo acontece, ou melhor, não deveria acontecer. As pessoas se utilizam de posições temporárias, o famoso “estão” e “são”, para deixar aflorar a verdade de sua natureza.

[important]Dê poder a uma pessoa e saiba do que ela é capaz, deste ditado, não tenho como discordar.[/important]

fngryA pessoa que está no poder de decisão, seja na relação político/ população, empresa/fornecedor, consultor/consultado sempre tem duas opções: ser gentil e firme, ser babaca e firme. Os dois geram resultados completamente diferentes. O primeiro, faz com que o que está subjugado na relação de poder entenda quais são as dificuldades que ele vê, determina de maneira firma como resolvê-las e se possível ensina. O segundo, manda, escarnece, se move nas sombras e muda, muda, muda e muda. Nunca é a culpa do agente de poder, é sempre do outro, não importa se este nunca tenha dado problemas com outros, a culpa dele, afinal, eu mando.

Ser respeitoso com as pessoas não requer absolutamente nada de uma pessoa, nada. Você que está presidente, está diretor, está tomador de decisão, não é melhor, nunca foi e também não será melhor que o boy que entrega a sua correspondência, com o menino da TI que resolve o problema do seu computador abaixo de seus gritos e ameaças, mas também não é pior. Vocês apenas tem responsabilidades diferentes, desse jeito, simples como parece.

No livro (muito bom, recomendo), Sobre Fibras e Gente,  o israelense Amos Genish, presidente da GVT (agora VIVO) conta que não conseguia entender o motivo das pessoas que não eram diretores, ou que não tinham cargo de chefia não se manifestarem na reunião, assistentes falando no ouvido de seus chefes, por quê? Por que os chefes brasileiros, em regra, não tem respeito pela opinião de seu subordinado, e se essa opinião for explicitada na frente do chefe do chefe, então… xi, demissão na certa – Quem ele pensa que é?!

Então, se eu humildemente puder lhes dar um conselho este seria: seja respeitoso com todos. Entendo que muitas vezes a pressão do resultado bate e que apesar dos valores da sua empresa afirmarem a máxima do respeito, sempre tem aquele chefe que dá resultado e não está nem aí para o que diz os valores da sua empresa, mas ele dá resultado. É difícil mudar a cultura, controlar a mudança e ainda ter força o suficiente para fazer valer essa mudança, eu sei. Mas garanto, a longo prazo, o seu resultado humano vai compensar todo esse esforço e pontual sacrifício.

O que Kéfera Buchmann tem a nos ensinar sobre comunicação?

fanfiction-kefera-buchmann-5inco-minutos--a-historia-de-uma-estrela-3167785,190220150317Quem é Kéfera Bachmann? Se você começou a ler este texto com essa pergunta é hora de rever seus conceitos e fazer reciclagem, aliás, muita reciclagem. Kéfera é a voz e o rosto de uma nova geração, geração que consome, geração que dita tendências e com a qual a sua marca precisa se comunicar de maneira urgente.

Outro erro clássico ao se falar da moça: não gostar do que Kéfera fala e por isso não dar importância a ela. Clássico, como falei. A moça que eu nunca vi na minha vida, apesar de sermos da mesma cidade, representa uma fatia considerável do público alvo que marcas procuram, ela inspira regras e comportamentos, mesmo que afirme não ser esse o objetivo, mostra tendências e acima de tudo: aproveita oportunidades, e é essa exatamente isso que Kéfera tem a nos ensinar sobre comunicação: aproveitar oportunidades.

A história de Kéfera, em linhas gerais: uma moça que sonha atriz e estuda no ensino médio, resolve fazer um vídeo para o Youtube, fica insegura com a repercussão dele, recebe apoio das amigas continua, torna-se um sucesso nacional, Curitiba fica pequena, talvez os sonhos tenham mudado, talvez não, mas o fato é: ela soube aproveitar as oportunidades que ela e a vida criaram.

Para escrever esse pequeno texto tive a pachorra (palavra de velho, procurem) de assistir todos os vídeos do canal de seu canal no Youtube, além de pesquisar alguma coisa na imprensa. Kéfera sonhava ser atriz e em seus primeiros vídeos ela fazia exatamente isso, dava vazão a este sonho, fazia esquetes, anunciava suas peças no teatro, ou seja, aproveitava o sucesso que fazia no Youtube para também fazer sucesso nos palcos.

Em algum momento descobriu-se no topo do mundo e conseguiu ajuda profissional, a adolescente que sonhava ser atriz tornou-se uma estrela conhecida nacionalmente. Seus vídeos antes editados no Movie Maker e gravados em uma câmera amadora em cima de apostilas ganharam o HD e vinhetas profissionais.

Aqui uma pausa na linha do tempo: leram bem o que escrevi acima, viram como ela usou o que tinha e fez o melhor que podia com isso? Não ficou reclamando que não tinha equipamentos ou sonhando com o dia em que poderia ter melhor sorte, não. Foi lá e fez. Recebeu críticas, sim! A qualidade dos vídeos deixava a deseja, sim. Mas ela foi lá e com o seu talento e carisma, mostrou o que sabia fazer e fez.

Voltando ao texto… o papel de atriz foi dando espaço para a Kéfera profissional do online, sim, porque as oportunidades apareciam e ela as agarrava. Com o sucesso que fazia nos vídeos não demorou a ganhar sua própria loja online em que vende produtos com a sua marca, seu rosto e coisas associadas a ela como o bordão “oi, oi, gente” ou até mesmo a cachorrinha Vilma Tereza.  Nas outras redes sociais como Facebook e Instagram mostrava sua vida e faturava sempre que tinha oportunidade com marcas que queriam associar-se a imagem da moça carismática. Logo surgiu o Snap e com ele um Big Brother diferente, um com edição e de graça, a moça tornou-se não o expectador, mas a irmã de seu público, diariamente ela oferece conteúdo gratuito, muito próximo do espontâneo e intimo. As pessoas conhecem toda a casa de Kéfera, ela os leva junto, mostra o banheiro, mostra a maquiagem e a cozinha, mostra uma linha de produtos que está à venda em sua loja ou a linha de comida saudável que leva sua assinatura.

Comida saudável. Em algum momento Kéfera achou que precisava mudar de vida, já estava em São Paulo e como disse, não a conheço pessoalmente para saber se ela chegou a essa conclusão sozinha ou se o casting que a acompanha aconselhou, mas o fato é que ela decidiu que precisava levar uma vida mais saudável. Não misturou estações, criou novas formas de falar com esse público, novos canais, novos meios e abastece todos eles com conteúdo inédito e exclusivo, aumentando seu público, seu tipo de público, criando um novo público e claro, monetizando.

Hoje o canal principal da moça no Youtube supera 7 milhões de assinantes, um fenômeno absoluto, ela tornou-se uma espécie de Midas da comunicação online, ao contrário do que faz parecer, Kéfera não sofre de um mal que atinge muitos jovens e empresas, a preguiça. Kéfera torna cada oportunidade em realidade. Não gosta de internet? Tem livro? Não gosta de ler? Tem peça? Não gosta de peça? Agora tem cinema.

Quer mais? Vamos as polêmicas? Podemos até ir, mas Kéfera não nos acompanhará. Ela não expõe a marca dela onde não é necessária. Qual é a opinião de Kéfera sobre a Presidente Dilma? Só ela sabe e é assim que deve ser. Por que expor sua marca, seu cliente, você mesmo desnecessariamente? Não faz sentido.

Dando linhas finais ao texto, o resumo é que você pode não gostar, nem de Kéfera, nem do trabalho da Kéfera e nem mesmo concordar com nada do que ela diz, mas não feche os olhos, ela é um exemplo a ser seguido em qualquer área da comunicação. Ela trabalha em diversos mundos e em todos atua com vigor, mostra sua vida quando tem que mostrar, fala sério quando tem que falar e sabe como poucos promover ou até mesmo acabar com uma marca. Mas fazer um trabalho como faz, Kéfera Buchmann e sua equipe, dá trabalho, muito trabalho, precisa gostar, querer e principalmente, fazer. Arrumar as desculpas certas para o momento certo sempre nos parece uma boa ideia, mas lembre-se da máxima, desculpa boa todo mundo tem, sucesso como a da moça rejeitada pelos intelectuais de plantão só com trabalho, inteligência e dedicação.

O que fazer ao receber uma crítica na internet ?

Nerd businessman angry with his computerO que escreverei a seguir é direcionado para para empresas, mas pode servir para a sua vida também. Vou falar sobre um super poder, o de aceitar as críticas. Tenho 34 anos e sou quase um dinossauro da internet (ok, exagero), e as primeiras listas de empresas, interação, o início das redes sociais, acompanhei tudo isso de perto e com elas nasceu uma dúvida: o que fazer ao receber uma crítica? No início o mais comum para os empresários era reagir.

– Tira do ar ou vou processar vocês.
– Foi o meu concorrente que fez esse comentário.
– Estou indo na polícia.

Enfim, as reclamações eram normais e agitavam o dia a dia das redações ainda embrionárias ao lidar com este tipo de situação. Mas o que estes empresários estavam perdendo? O que ainda hoje estão perdendo? A oportunidade. Sim, a oportunidade de melhorar, a oportunidade de mudar processos, atitudes e principalmente conquistar o seu chefe, o cliente. Vou dividir com vocês um caso que acompanhei de perto.

Em Curitiba, editava em um site que apresentava listas de comércio, cultura e oferecia a audiência a oportunidade de comentar, dar notas, estrelas, algo trivial atualmente mas que na época era uma super novidade. Um destes estabelecimentos, uma loja de móveis conhecida por seus preços baixos e por deixar você pagar só depois do carnaval, recebeu uma enxurrada de comentários negativos por atraso na entrega, montagem dos móveis deficientes, porém uma ressalva, bom atendimento.

Qual foi a reação da empresa? 

1 – Ameaçar processar o site

2 – Afirmar que se nós apagássemos os comentários eles anunciariam conosco

3 – Queriam os dados das pessoas que comentaram para processar cada uma delas.

Não atendemos a nenhum dos pedidos e eles também não cumpriram suas ameaças, os comentários seguiram chegando e o processo continuou errado. Observem a oportunidade que esta empresa perdeu. Eles tinham ouro na mão, o bom atendimento. Mas tinham um processo errado, uma ótima oportunidade de entender os seus erros e conquistar clientes e não vendas. Pois, por melhor que sejam os preços e as condições desta empresa, as pessoas que foram mal atendidas não voltarão.

Ao receber uma crítica, o empresário deve seguir alguns passos, que farão com que ele melhore seu negócio, seu processo:

1 – Analise o conteúdo da crítica e tente replicar o problema. Peça para um amigo visitar a sua empresa e fazer o mesmo processo para ver se há o mesmo resultado.

2 – Se constatar problemas, faça uma intervenção que pode ir de troca de colaboradores até simples ajustes de processos.

3 – Depois de ter certeza que o problema está corrigido, entre em contato com o cliente, peça desculpas e uma nova chance.

4 – Quando receber a nova chance, receba-o pessoalmente ou envie alguém de sua confiança para fazê-lo.

5 – Nunca peça para que o comentário seja apagado, por experiência própria posso afirmar que em 90% dos casos a própria pessoa faz um novo comentário elogiando a sua postura.

Se por acaso o seu cliente estiver tão magoado que não deseja lhe dar uma nova chance, vá até o local do comentário, peça desculpas públicas e deixe claro que você entrou em contato com a cliente e está de portas abertas para mostrar que ajustou os processos.

Estamos em uma época que sim, as redes sociais podem ser traiçoeiras e principalmente podem generalizar um atendimento ruim e viralizar um momento ruim. Cabe a empresa ter uma postura séria, transparente e seguir os passos acima, não tem erro. É preciso sangue frio, saber que muitas vezes haverão injustiças, porém, ainda assim é possível ajustar processos apesar do contexto ruim.

Outra nuance que é destacada nas rede sociais é a diferença de postura, o termo a “zoeira nunca acaba” é presente. Recentemente duas notícias bombaram. A primeira um chef de cozinha curitibano bombou na internet com um vídeo em que “desanda” um cliente que fez um comentário ruim sobre o seu restaurante. Foi festejado, compartilhado, exaltado, seu restaurante lotou. Por outro lado, uma cliente carioca reclamou do atendimento que recebeu em um hotel, o dono igualmente “desandou” a cliente, este porém, por não fazer vídeo no lugar da exaltação veio o repúdio.

Os dois estão errados, não quer receber críticas, construa um iglu e viva de pescaria. Por mais injustas que as críticas sejam elas precisam ser respeitadas e avaliadas. Cai primeiro o empresário que acha estar no pedestal.

Afinal, existe almoço grátis?

o-HOT-DOG-KETCHUP-facebookEm época de crise como vivemos atualmente é normal empresas, empreendedores ou vendedores se desdobrarem mais do que o normal para “agradar” o cliente e não correr o mínimo risco de perdê-lo, aí entra em campo um personagem comum: o almoço grátis. Como assim o almoço grátis? Vou explicar com exemplo.

Você vende cachorro quente e o seu tradicional, pão, vina (ou salsicha), mostarda e catchup custa R$3, mas a crise chegou, a concorrência aumentou e vez ou outra chega um cliente e pede:

– Não dá para por uma batata palha?

Você pensa, ah, putz… esse cara vem sempre aqui, se ele caminhar uma quadra tem um outro vendedor que pode oferecer a dita batata palha e acabar ganhando meu cliente… ok, vou dar.

Então vejamos: o lucro do teu cachorro quente de R$3, diminuiu, você diminuiu o valor agregado do teu produto premium que é o cachorro quente completo e ainda por cima virou “refém” deste cliente que toda vez que vier comer o seu cachorro quente irá exigir a batata palha, afinal, se você pode dar uma vez por que não pode dar duas? Caso você tenha outros clientes perto quando este pedir a batata palha a coisa piora. Ou ele vai pedir a batata também e você tem que fornecer ou, não irá pedir e nunca mais voltará já que vai se sentir desprestigiado pois o outro ganhou e ele não.

Essa questão vislumbra diferentes interpretações com o passar dos anos e não há uma maneira fácil de se resolver, a verdade é que cada produto tem o seu preço, e eles deveriam ser explícitos e aceitos ou não. Infelizmente, é normal vendermos “vina” e o cliente “achar” que o pão acompanha, não acompanha. Para acompanhar, tem que ser cobrado. Em uma relação de ganha-perde todo mundo sai perdendo, mesmo aquele que em teoria está recebendo mais serviço do que pagou. Em um movimento claro, no próximo orçamento o fornecedor vai tentar tirar a diferença já prevendo que haverá a negociação perde-ganha, o comprador vai achar o preço caro e não vai fechar e por fim… ambos perderam.

Tem que haver um respeito pelo trabalho do próximo, tudo tem um preço, tudo tem um valor. Também é preciso haver um respeito, este talvez maior, pela palavra empenhada, esta compõe o seu maior patrimônio, deve ser cumprida fielmente. Jogue limpo, tenha preços honestos e seja claro na negociação, não deixe margem para interpretação. Você e seu cliente ganharão.

Por que meu negócio naufragou?

bankruptcy-750xx3795-2135-0-80Muito já escrevi com o passar dos anos neste blog e nas redes sociais, já falei, enfim… fiz o que pude para tentar humildemente orientar, dar a minha opinião sobre algo que as pessoas tem certo dificuldade em entender: você é responsável por seu destino. Ok, eu concordo que a sorte tem sua parcela de culpa na coisa toda, eu concordo que as circunstâncias vez ou outra te joga no fundo do poço e é difícil recuperar, mas posso te garantir uma coisa: só depende de você! Antes de continuar quero te lembrar duas frases e falemos delas na sequencia:

 

 – Quanto mais eu trabalho, mais sorte eu tenho!
 – Enquanto muitos perdem tempo chorando, eu perco meu tempo vendendo lenço

Estas frases só confirmam uma coisa, há saída. Ela está ali, e depende de cada aproveitar a oportunidade. Recentemente li o livro, “QI Estratégico”, um livro bem denso mas que em suma te chama para um reflexão: não deite em berço esplêndido, ele irá te derrubar. É preciso aproveitar cada ciclo para antecipar tendências, ajustar estratégias e mudar rumos. Em momentos de crise, por exemplo, é importante saber fazer mais com menos, descobrir quais áreas poderiam ser melhor avaliadas, quais precisam de investimento e quais podem te fazer economizar. Não, ninguém quer mandar ninguém para o olho da rua, às vezes é preciso, mas esta deve ser uma solução pensada e baseada em números e não em medos.

Respondendo, finalmente, o título deste artigo: os gestores se perderam no próprio choro. Pensaram que seus negócios seriam perenes e eram efêmeros. Não entenderam os desafios que o mercado lhes propôs e não se reinventaram, na tentativa de descobrir a roda, foram atropelados por ela. Reinvenção é algo diário, sim, tem que ter o seu DNA, sua visão, seus valores, mas ainda assim tem que haver adaptação. Pense em grandes empresas que são hoje diferentes do que imaginaram em qualquer de seus sonhos: a Nokia trabalhava com peixes, a Virgin era uma loja de vinil, enfim, exemplos não faltam e podem lhe servir de inspiração.

Em momentos de dificuldade você não freia, você acelera, porém por caminhos diferentes. Pense nisso!

Comunicação não é padaria

pao-frances-pequena-padariaTenho uma amiga que precisava fazer uma reforma na casa, entre as coisas que queria fazer estava a retirada de uma pilastra, chamou o engenheiro e o mesmo lhe informou que não seria possível pois a retirada poderia comprometer a estrutura da casa levando a casa a até mesmo cair. Fim de papo. Não se falou mais em retirar a pilastra mas sim como fazer com que ela se adequasse melhor ao projeto inicial. Infelizmente na comunicação a lógica não é a mesma.

Muitas empresas entendem a comunicação como se estivessem em uma padaria:

 – Olá, me veja 3 redes sociais, um adwords e acho que vou levar também facebook ads.
 – Embrulha para viagem, senhor?

Culpa dos dois lados: culpa das empresas de comunicação que movidas pela concorrência cada vez mais acirradas aceitam essa prática e culpa também dos empresários que apesar de não terem a teoria e nem a experiência necessária para esse tipo de ação, insiste em tomar decisões que não fazem parte do seu dia a dia.

Mas o que é necessário entender para a comunicação: ela faz parte de um conjunto de ações que, casadas, deixam harmônica toda a estrutura de divulgação da empresa. Conheço muitas empresas que tem investido em comunicação em diferentes empresas e cada uma delas fala uma “língua”, a chance de dar certo é bem perto de zero.

Não podemos deixar de citar aqui também os empresários que acabam boicotando o próprio negócio por vaidade ou escolhas pessoais. Pessoas que não usam o verde ou o vermelho porque lembra o time que não torcem, pessoas que não gostam de ação X ou Y, mas não gostam porque Elas não gostam, e não porque a ação fere algum preceito da empresa ou ainda seria inócua.

Entender que a comunicação se difere e muito das padarias é um, talvez o mais importante, passo para o sucesso da comunicação empresarial de uma empresa.

Bem-Vindo a cidade puxasacolandia

bajulador-581x400Estou lendo um livro sobre administração, estratégia, essas coisas… chama-se QI Estratégico, me foi ofertado pelo amigo Francisco Tramujas. No livro, muito teoria sobre quem fez, como fez, o que deveria ter feito. Um livro que fala de história e teoricamente te indica como fazer no futuro para não cair nas mesmas armadilhas. Este livro me fez pensar em como, atualmente, estamos nas mãos da boa vontade de outras pessoas. Como a competência meio que deu lugar aos acertos e conchavos do chamado networking.

Sempre, desde que me lembro de minha vida de gestor de alguma coisa, e lá se vão mais de 12 anos, contratei pessoas melhores que eu em alguma coisa, sempre acreditei que o progresso depende do suor de cada uma delas e para mim a fórmula do sucesso er: 90% transpiração, 5% talento e 5% sorte, sem os últimos dois itens você seria um bom profissional e ficaria tranquilo, pois tudo só dependeria, ainda assim do seu trabalho.

Mas, mudou. E para pior, não fechei em minha mente ainda a nova fórmula, mas já está claro para mim que os 90% de suor já não são suficientes para nada, então, a fórmula está mais ou menos assim:

20% suor, 5% talento, 5% sorte, 40% conhecer alguém, 30% não ter freio para o fim.

Agora, só o suor não te adianta, aliás, nenhum dos itens sozinhos funciona, o que funciona é uma somatória, e não, isso não ficou melhor. Você, profissional, ficou nas mãos de pessoas que podem ser menos talentosas e competentes que você, que podem não ter a mesma disposição que você, mas conhecem alguém… a era do puxasaquismo, chegou!

Quando você vai deixar de se sabotar?

imagesUma das coisas que sempre me perguntei foi: por que as pessoas se sabotam? Você não sabia? O principal inimigo da maioria das pessoas é ela própria. Criando dificuldades que não precisavam criar, descobrindo problemas que não existiam, as pessoas se sabotam cada dia e cada vez mais. Quer uma prova? Faça com você mesmo, nem precisa procurar o vizinho. Some o tempo que você passa reclamando que algo não deu certo para você com o tempo que você passa agradecido pelo que deu. A diferença é simplesmente massacrante.

Tento viver cada dia com o seguinte lema: se preocupe em se concentrar mais na solução do que no problema. Simples, o seu direcionamento mental irá te levar a focar suas ações em soluções e não no problema. É importante saber os motivos do problema? Claro que é. Mas, mais importante é resolve-lo de maneira rápida. Pensar em tamanho de problema por si só já constitui um erro. Problema tem o tamanho que você der para ele. Entendendo, por exemplo, que tudo na vida vai de zero a dez, um problema se tiver tamanho cinco na sua mente, você certamente será tamanho quatro,ou seja, ele é maior que você.

Se me permite um humilde conselho… dê ao problema o tamanho que ele merece, zero. Não sabote a sua vida. E sim, falo de todos os problemas do mundo, de qualquer problema que você consiga imaginar. Seja maior que ele. Tenha uma mente positiva, direcionada para o bem, e adivinha… coisas boas simplesmente começaram a acontecer. O universo faz questão de te dar tudo aquilo que você busca. Se buscar ser pequeno, pequeno será.

Tenho um caro amigo, me reservarei o direito de preservar o seu nome mas é leitor deste blog e logo se reconhecerá. Acompanhar a vida dele nas redes sociais é como encontrar o pior do ser humano, não, não é ele. Ele é uma pessoa maravilhosa, mas as pessoas e situações que o cercam. Coisas ruins estão acontecendo em volta dele a todo instante. Por quê? Simplesmente porque ele dá a estas coisas uma alta nota no seu dia. Falo disso com propriedade porque em grande parte da minha vida fui assim. Deixava pequenas coisas estragarem minha experiência diária. Um dia, após um telefonema, mudei. Simples assim. Percebi que não adianta. A sua postura frente ao mundo só afeta você, ou melhor, se você irradiar alegria com certeza contaminará as pessoas a sua volta.

Deixe de sabotar a si mesmo. Arregace as mangas e entenda que só depende de você. Qualquer coisa, só depende da sua postura. Encontro pessoas que reclamam que não ganham bem, que suas vidas estão emperradas economicamente… mas… e sempre tem o “mas”… Deus me livre fazer uma hora extra. Trabalhar finais de semana? Nem pensar. Ser pró-ativo e fazer algo que não está relacionado ao seu trabalho? Nem que o mundo acabe. Deixar o futebol? Chegar mais cedo? Sair mais tarde? Ter um segundo trabalho? Não! Não! Não.

E aqui não estou fazendo apologia ao trabalho sem limites, não é isso. Estou afirmando que só depende de você, da sua dedicação, da sua programação mental. A cada dia garanto a você que encontrará dezenas de desculpas para não fazer o que não gosta, e todas válidas. Sei disso porque faço diariamente com relação aos exercícios físicos. Mas entenda, só depende de você, sempre.

Então, convido você a abandonar a condição de vítima. Eu sei que ela é cômoda. Sei que tá tão gostoso ali, afinal, sua vida nem é tão ruim… o mundo não está contra você. O único oponente que você tem é você e aqueles que você elege como tal, no final, você verá, é a tua postura frente aquilo que você chama de problema. Lembre-se, foque na solução!

Reconhecendo o traíra no mercado de trabalho

Backstab_by_BabushkaYagaO traíra é uma figura folclórica presente desde sempre nas relações humanas. Aqui, vamos nos concentrar no traíra do mercado de trabalho, aquele que provavelmente está na mesma sala que você, ou faz negócios com você e, podendo, vai te ferrar.

Normalmente o traíra completo é aquele que te conhece, mas até então não conhecia o seu trabalho. Depois, aos poucos, ele vai aprendendo sobre o que você, vai conhecendo as pessoas com as quais você se relaciona, como você fala com elas, quais são as suas limitações… enfim, vamos dar esse crédito ao traíra: ele aprende bem o que você faz.

A partir de então o traíra começa com suas facetas, e aqui fica a nota, o traíra não está necessariamente ligado no seu salário, algumas vezes ele até ganha mais que você. O traíra quer mesmo é te derrubar.

Mas eu não estou cumprindo com o título deste texto, afinal, como reconhecer o seu “amigo” traíra no mercado de trabalho, vamos a listinha:

* Ele sempre é curioso com coisas que a principio não lhes dizem respeito como, onde você vai, com quem você fala na conta xis, por que o cliente Y está com você, como você opera, ele gosta dos detalhes.
* Quando o traíra começar a agir ele terá boas ideias, mas não as dará a você, também não irá diretamente ao seu chefe ou cliente, afinal, isso daria muito na cara, ele deixará a ideia “escapar” em uma furtiva conversa no café, assim, sem querer.
* O traíra também tem todas as respostas para as perguntas que ainda não foram feitas. Por exemplo, como crescer X, o cliente ou chefe, já sabe por você como crescer X, porque estamos crescendo Y, mas o traíra tem a resposta para a pergunta não feita e não se sentirá constrangido em apresentá-la.
* Por fim, quando o traíra terminar seu “trabalho” não restará a ele outra coisa a não ser apresentar ao seu chefe ou cliente o resultado da sua ideia sensacional, aquela que salvará a pátria. Claro que você não ficará sabendo, caso, em caso quase impossível, do seu chefe/cliente ser extremamente grato ao seu histórico e claro, ético, para você saber.

A partir daí a convivência com o traíra ficará comprometida. Não importa quão boa seja a proposta apresentada, ela simplesmente ficará sem sinergia pela sua presença, porque, magoado e se sentindo traído você por certo não implicará toda a sua força nela.

Mas, aqui um humilde conselho. Releve o traíra. Ele pode ganhar a batalha? Pode! Mas, o traíra não se sustenta, ele é parasita e como tal precisa de um hospedeiro, em algum momento ele encontrará alguém não tão ético quanto você e neste momento o histórico dele virá a tona. Você pode estar em outras posições, com outros conceitos e buscando outros desafios, mas estará limpo, tendo a certeza de que ofereceu o melhor trabalho para o desafio que lhe foi imposto.

Já o traíra… seguirá desesperadamente em busca de um novo hospedeiro… Quem sabe, você o coma, o peixe, claro.

O Sorriso no ambiente corporativo. Que mal há nisso?

O bom humor é uma das ferramentas da nova estrutura organizacional que mais chamam atenção no dia a dia das empresas. O que antes se resumia a várias pessoas sisudas, vestidas de maneira sisuda e agindo de maneira sisuda, hoje dá lugar a um ambiente moderno em que brincadeiras e piadas são permitidas,mas claro, com moderação.

Primeiro, antes de entrar na “modernidade” o Você profissional tem que estar munido de “simancol” , lembrando que os que não nasceram com tal benesse não adianta, não tem para comprar na farmácia. Pós feita esta conferência e a confirmação sido dada você está apto ao divertido mundo do escritório.

Brincadeiras com o time alheio na segunda-feira não tem problema, mas lembre-se que “pau que bate em Chico bate em Francisco” então, quando o seu time perder, aceite a brincadeira numa boa, ninguém gosta do troglodita de mão única.

Cuidados são necessários, por exemplo, piadinhas de colegas que potencialmente estariam namorando outro fulano são desnecessárias e depõe contra você. Não preciso citar que as tais piadinhas que colocam em dúvida a sexualidade da pessoa são proibidas, pouco produtivas e só geram risos para quem não está sendo alvo delas, então, tire estas piadas do seu repertório.

Tenha o cuidado antes de brincar de ver se a pessoa não está concentrada ou atrasada com outra atividade, isso pode gerar mal estar e a brincadeira pode sair pela culatra. Lembre-se que você pode ter atividades em atraso e não gostaria que viessem te atrapalhar.

Por fim, entenda, bote na sua cabeça que: tem pessoas que não aceitam, não gostam ou não se sentem bem com brincadeiras em  nenhum horário. Ela é assim, não é pior nem melhor que você, ela é apenas diferente e isso pode ser lido como uma placa “PARE” . Esta pessoa não se importa que você brinque com os outros e nem que os outros brinquem com você, mas para ela o papel de expectadora é mais que suficiente.

Vá ao seu trabalho com  um sorriso no rosto, com vontade de crescer, afinal , você pode não estar trabalhando naquilo que sonhou enquanto corria de lá para cá brincando de polícia e ladrão, a lua fica longe demais para você ser astronauta e o fogo é quente demais para você ser bombeiro. Se as coisas não saíram exatamente como você quis, lute e corra atrás, você pode não estar trabalhando no que ama, mas tem que amar aquilo que faz.

Conselhos, Felicidade, Coragem.

No mercado de trabalho muita gente desiste muito rápido de seus anseios.  Anualmente milhares de pessoas saem dos bancos das faculdades para exercer uma atividade que não se formaram. Por que isso acontece?  Vários são os fatores e vou elencar alguns por aqui. Vai que isto ajude a um leitor perdido em futuro distante ou não.

Primeiro ponto: Por que alguém precisa saber que bendito curso quer fazer aos 17, 18 anos? Eu sentencio: Não precisa! Eu sei que os mais tradicionais que a vida não tá fácil, que o Mark ficou rico antes dos 25 e etc, etc. Não se preocupe com isso. Você ficará rico no momento certo, quando seu trabalho permitir. Meu conselho: Não faça faculdade antes dos 23, 24, 25 anos. Outro conselho. Faça um curso técnico. Faça dois cursos técnicos. Faça três. Faça cursos técnicos até que você encontre a conjunção prazer, amor e dedicação. Pode parecer relação sexual, mas essa conjunção fará você ficar rico fazendo o que gosta.

Quando você descobrir o que quer da vida, especialize-se nisso! Faça faculdades, faça viagens, conheça empresas que tenham expertise na área. Peça para trabalhar de graça em uma delas só para descobri como é o dia a dia dessa atividade.

Trabalhe, mas só até o primeiro bocejo. A partir daí vá para casa. Faça grandes coisas. Erre vigorosamente tentando acertar! Dizem os especialistas clichês que o erro é um dos maiores aprendizados que você pode ter. Bobagem. O erro é um erro, não o menospreze, se você errou fez algum processo errado e isso não deve se repetir.

Por fim, quando você for o fera no que faz, comece a vislumbrar o futuro. Faça um curso de gestão, acredite, no futuro ele fará diferença. Alcançando o sucesso você certamente será responsável por uma equipe e ela dependerá da sua competência para obter sucesso.

Mudar de idéia não é pecado. Não importa há quanto tempo você faz o que faz, pode mudar quando quiser.  É verdade que é preciso ter coragem para recomeçar, mas se você chegou até aqui…

Por fim… busque algo que lhe deixe feliz todos os dias. Faça algo que os problemas (e eles vão existir aos montes) sejam nada mais que desafios. Tenha metas de tempo e as cumpra. Se você pensar que em cinco anos a sua empresa tem que promovê-lo e isso não acontecer, peça a conta! Faça um balanço, descubra se o errado era você ou a empresa e siga a sua vida.

Mas acima de tudo, antes de tudo e apesar de tudo… seja feliz, faça as pessoas felizes! Afinal, em comparação você sempre vai ganhar e perder de alguém e no final das contas isso não importa. Abaixo, um vídeo do genial Steve Jobs, se você gosta ou não da Apple é um detalhe, mas essa história de vida todo profissional deve gostar!

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