Para começar quero dizer quê:
1 – não entendo nada sobre a justiça brasileira, ou os juízes brasileiros não entendem. Hoje lendo a bela entrevista da revista Época com o ex Presidente do Supremo Carlos Velloso, ele elogiou todas as ações do STF contra o número de algemas, os habeas corpus para a turma de Dantas dizendo: “O Supremo não pode ser afrontado!”. Ah é? Não sabia, até tentei pesquisar quem conferiu ao Supremo o título de incontestável, de ser supremo da verdade. Podemos desde já dizer que jamais nenhum membro do Supremo errou ou se corrompeu?
2 – Deixei de atualizar este blog alguns dias me aproveitando do “direito de ficar em silêncio” que o STF deu a Daniel Dantas antes do depoimento da CPI. Se ele pode também eu posso. Ou não?! E tem outra, iria vir aqui falar o quê? Das nossas mazelas, dos julgamentos injustos? Da passividade do curitibano? Da falta de debate? Nem eu aguento mais…

As lágrimas que o nadador brasileiro derramou ao conquistar o ouro podem ter várias conotações, entre elas a do desespero. Talvez enquanto o competente nadador tupiniquim (que mora há quatro anos nos EUA) dava suas braçadas rumo ao ouro, outra medalhista brasileira, Ketlyn no judô que conquistou o bronze pensava em como o COB recebeu no último ano R$ 50 milhões para os atletas e ela teve que fazer vaquinha com os amigos para ir a Pequim. Enquanto Cielo ouvia o hino nacional, a maratonista brasileira, ex e futura empregada doméstica que chegaria em último dois dias depois estivesse pensando nos sonhos que ainda busca e como o Brasil gasta milhões com a candidatura do Rio para 2016 e como será bonito ver os outros recebendo medalhas em “nossa casa”.
As lágrimas de Cielo podem ser interpretadas de várias formas, eu prefiro encarar como as lágrimas esperançosas de um brasileiro como outro qualquer, de um brasileiro que pode sonhar mais em busca de “mais”.