O que somos de verdade? Um bando de nadas, vento, poeira cósmica na melhor das hipóteses. Somos uma mistura de bondades e absurdos, uma obscuridade sem tamanho. Ao mesmo tempo em que podemos fazer rir, também sabemos fazer chorar.  Ontem, fiquei sabendo com tristeza da morte do Robin Willians, pouco antes tinha sido o comediante brasileiro, e assim, tantas e tantas pessoas sofrem diariamente com o mal da depressão. Também, acabo de ver uma foto da guerra do Iraque em que o “soldado” tira uma foto do próprio filho segurando a cabeça decapitada de um algoz.

Somos a soma de tudo isso, também somos bondade, também somos capazes de gestos que emocionantes, de abrir mão de coisas para nós mesmos em prol do outro. Também somos isso. Somos capazes de nas redes sociais nos emocionarmos com diversos vídeos, fotos e textos, mas também somos capazes de postar comentários anônimos sobre pessoas que sequer tem a chance de se defender.

Somos tudo isso.

Não sei se é minha formação, não sei se são as crenças que adquiri ao longo dos anos, mas sou incapaz de entender a maldade humana. Costumo dar um exagerado benefício da dúvida para alguns fatos. Não sei, talvez fosse um ET, talvez um espírito do mal, não sei, mas normalmente não consigo acreditar que as pessoas fazem o que fazem. Não consigo acreditar no pai que joga a filha pela janela, na madrasta que mata uma criança por herança, no ex que mata a mulher para não pagar uma parca pensão, no casal de namorados que mata os pais para se livrar de uma proibição de namoro.

A pergunta que fica é: somos merecedores de confiança?