De nada bom para falar para regulação da internet

Nos últimos 3 meses ando em demasia concentrado em meu trabalho e tenho deixado o blog um pouco de lado, mas a verdade é que não ando achando nada bom para escrever. Assim como o jornalista de “Marley e Eu” que tem uma coluna no jornal e passado algum tempo começa a receber reclamações dos leitores por estar mal humorado, assim também eu (sem o sucesso dele, claro).

Nestes últimos meses tenho conversado mais com pessoas e menos com máquinas. As pessoas são más, simples assim. Incluo-me. Não consigo encontrar esperança nem em mim, nem nos demais. Próximos a mim, todo tipo de gente: pessoas querendo se afirmar, pessoas querendo mandar, pessoas querendo mostrar quão melhores que as demais elas são.

Na internet, talvez seja ainda pior. Nas redes sociais, escondidas atrás de grandes ou pequenas telas, todo tipo de bobagens são ditas. Não importa se o leitor da mensagem ou o destinatário dela é uma pessoa que tem sentimentos, tem família ou que ainda se importa com a sua própria reputação, simplesmente vociferam ferozmente, como se todos tivessem que concordar com sua iluminada opinião.

Não são poucos os casos de pessoas fracas, que levadas por opiniões de terceiros na internet, por fofocas maldosas espalhadas na rede encontram um destino que não se convenciona para ninguém, a morte. Em Ponta Grossa, por exemplo, há dois anos, um rapaz de 17 anos cometeu suicídio porque espalharam na quase falecida rede Orkut que ele seria homossexual . Ele não aguentou as piadinhas e ameaças ocultas e resolveu deletar sua vida deste plano. Ninguém foi punido.

O crime da moda é colocar fotos e vídeos de ex-namoradas e namorados  para apreciação pública. Qualquer motivo é motivo. O mais recente ficou conhecido como o Furacão da CPI, o vídeo mostra a moça fazendo sexo com seu namorado e fazendo coisas que a maioria das pessoas que assistiram e comentaram fazem, mas, como estavam escondidas  por pseudônimos puderam posar de “santas madres teresas” e novamente expelir o seu ódio sem saber exatamente contra o quê e tão pouco o por quê.

Não entrarei em casos como pedofilia, prostituição, comentários racistas ou fascistas que são igualmente pavorosos e expõe a cada dia a natureza podre do ser humano,  quero apenas falar sobre regulação.

Sim, apesar de ter escrito sobre liberdade, sobre censura, sobre negação de todo tipo de liberdade, estou escrevendo para registrar que:  infelizmente sou a favor da regulação da internet.  As pessoas não podem mais se esconder. Continuo a favor da liberdade, de escrever e visitar que sítios quiser.

Comentários em blogs, sites jornalísticos e afins deveriam ser amplamente liberados, incluindo uso de palavrões ou frases ofensivas, mas estes só deveriam ser aceitos mediante documento de comprovação como RG ou CPF.  As empresas provedoras dos serviços seriam responsabilizadas pela segurança das informações.

Esta, é claro, é só a minha opinião cheia de vícios e contaminada por tudo o que vivi até hoje.  Se você não concorda, respeito-o imensamente, se puder não ofender minha mãe nos comentários, agradeço da mesma forma. Infelizmente termino este texto como comecei, ainda sem ter coisas boas para escrever.

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